A RTP não conseguia passar todos os desenhos animados que existiam por esse mundo fora, e houve uns que só descobrimos quando começaram a aparecer os Videoclubes e tinham por lá K7’s de VHS com personagens que nunca tínhamos visto. No caso do Bravestarr eu até já o conhecia de uma colecção de calendários que tinha feito (na altura que isso era tão importante como as de cromos), e por isso aluguei com todo o gosto a K7 no Alvideo clube e percebi que o desenho animado era tão giro como esses calendários.
Isto apareceu por cá no final da década de 80, em 1988, e era uma edição da Ecovídeo com dobragem Brasileira, o que dava logo outra aura ao desenho animado que não era nada por aí além, e valia-se muito da imagem do cowboy futurista e do seu cavalo robótico musculado e imponente. Só houve uma série de 65 episódios e foi transmitido entre 1987 e 88 pela mítica produtora Filmation, que tinha já feito coisas como He-Man, que também criou uma linha de brinquedos que não teve o mesmo sucesso dos seus programas anteriores. Como nos outros desenhos animados desta produtora, o protagonista tinha sempre uma moral para dar no final do episódio.

O visual do programa era muito apelativo, passava-se no Século XXII, onde o Planeta Novo Texas era constantemente atacada por bandidos à procura do minério Kerium. Mas eles não contavam com o Xerife BraveStarr, um Índio Americano que podia invocar os espíritos de quatro animais, O Falcão, Urso, Puma e o Lobo que assim lhe davam poderes especiais que lhe permitiam derrotar os seus adversários.
Um dos seus maiores amigos era o seu cavalo Furacão, que tinha uma figura imponente quando assentava só em 2 patas e usava de armas gigantescas para atingir os malfeitores. Isso mesmo que leram, era assim tão “louco” este programa.
Tex Hex era o maior vilão da série, com poderes que o permitiam destruir montanhas e afins, sempre a liderar uma gangue de vilões que não era assim tão poderosa mas que era bastante numerosa. Lembro-me que era daqueles desenhos animados que via e me divertia pelo visual, algo que também me impulsionou a coleccionar os calendários mesmo quando ainda nem conhecia ou tinha visto este programa.

Mais um daqueles programas dos anos 80 que apesar de não ser de grande qualidade, divertia à brava e marcou muitos daqueles que o viram. O Xerife a invocar os poderes dos animais era sempre algo imponente assim como a figura dele armado e a impedir os vilões de conseguirem os seus intentos.