A TVI era a estação das séries Norte-Americanas durante a semana, mas ao fim de semana a SIC desforrava-se e apresentava sempre séries interessantes e bem divertidas e o Príncipe de Bel Air (Fresh Prince of Bel Air) não fugia à regra. Lembro-me de ficar a ver a série aos Sábados pela hora de almoço e de me rir com as desventuras de um actor que se estava a iniciar, o talentoso Will Smith.
A série teve 6 temporadas, com 148 episódios, e esteve no ar desde 10 de Setembro de 1990 a 20 de Maio de 1996 tendo sido transmitida pela SIC em 1993 na sua versão original em Inglês com legendas em Português aos Sábados à tarde. Foi um sucesso completo e até hoje muitos de nós sabem cantar a música do genérico de cor e salteado.
Will tinha um tipo de humor jovem e extrovertido, o nome da série no Brasil definia bem a personagem (“Um Maluco no pedaço“) porque na verdade ele era mesmo um “granda maluco”. A irreverência da série começava logo no genérico, que no começo era bem longo mas depois foi encurtado, onde o próprio actor (que era músico também) cantava em rap o que lhe tinha acontecido, ou seja que tinha sido mandado da sua cidade natal (West Philadelphia), onde tinha uma vida no que se podia chamar de um bairro social, para Los Angels onde iria viver numa mansão com os seus tios que pertenciam a outra classe social.

Will foi logo bem recebido pela sua tia Vivian, mas foi com o seu tio, Philip Banks (interpretado pelo grande actor James Avery) que ele começou a ter alguns problemas já que tinham estilos e opiniões completamente diferentes. Isso acontecia porque Will lembrava a Philip da sua juventude onde teve uma vida difícil e ele queria esquecer isso tudo e dar uma vida melhor aos seus 3 filhos, Hilary, Carlton e Ashley.
Hilary Banks (Karyn Parsons) era a típica filha adolescente mimada e com interesses fúteis. Só queria saber de compras e moda, enquanto que Ashley (Tatyana M Ali) era a mais nova dos 3 filhos, uma jovem que não queria sempre seguir o que os seus pais impunham e que ficava fascinada com o mundo novo que o seu primo lhe mostrava.
Mas era Carlton (Alfonso Ribeiro) que roubava a cena com o seu ar nerd e atrapalhado que adorava dançar (e tinha uma dança própria) e tinha sempre problemas com Will por causa dos seus métodos pouco ortodoxos. Outra personagem que aparecia de tempos a tempos, era o parceiro de Will Smith no mundo da música, o Dj Jazzy Jeff (Jeffrey Townes), que era sempre corrido pelo tio Phil sendo atirado porta fora para a rua e para o chão. Por fim tínhamos o mordomo, Geoffrey (Joseph Marcell), que como em outras séries do género era o típico criado sempre com uma boca crítica e bem metida para tudo o que se desenrolava ao seu redor.
Uma das coisas que menos gostei na série, foi porque foi daquelas séries onde trocaram de actores mas mantiveram a mesma personagem. Ou seja neste caso a tia Vivian foi vivida por 2 actrizes, a Janet Hubert-Whitten da primeira à terceira temporada e a Daphne Maxwell Reid nas últimas três. Mas consegui aguentar bem isso com o bom humor da série, os diálogos eram sempre rápidos e com uma boa punchline, enquanto que o carisma de Will levava a sua personagem aos extremos de coolness e a química entre ele e Alfonso Ribeiro provocava grandes situações que levavam quase sempre a uma boa gargalhada.
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Realmente era uma serie muito giro. Também era fã. E foi o inicio de carreira desse grande actor.