The Flash foi uma série de 1990 baseada na personagem da DC Comics e protagonizada por John Wesley Shipp, apesar de ter tido só uma temporada foi uma das melhores séries baseadas em super-heróis que já passou na Televisão e deixou saudades a todos os fãs do género.
Como fã que sou dos super-heróis, sempre consumi tudo o que a TV dava relacionada com este mundo mesmo que fosse uma porcaria e quando vi isto pela primeira vez numa sessão de Zapping televisivo (se não me engano foi transmitido cá pela SIC num horário nocturno) a minha primeira impressão é que seria mais uma dessas porcarias.
A série não era brilhante, e misturava muitos conceitos dos livros de banda desenhada, mas era bastante interessante e o actor principal até tinha algum carisma e interpretava bem o papel de herói. Os efeitos especiais não eram maus de todo, e os fatos também não eram assim tão ridículos, e tínhamos ainda a oportunidade de ver actores como o Markl Hammil que foi um dos vilões mais carismáticos desta série.
Danny Bison foi a grande mente por trás desta série que teve 22 episódios, e este Flash tinha o nome de Barry Allen mas era na verdade uma mistura entre esse Flash e o seu sucesso, o Wally West. A ligação com a comida, com os Laboratórios que o ajudavam sempre a resolver os crimes eram um piscar de olhos a Wally, enquanto que a profissão na polícia era igual à profissão que Barry tinha nos Comics da DC.

A música do genérico foi composta pelo grande Denny Elfman, fresco de ter criado a música para o filme do Batman, e ajudou a criar outro impacto para a série.
Lembro-me que a série até tinha um aspecto mais pesado e mais sombrio do que as aventuras deste herói no papel, parecia mais quase um Batman. As histórias eram quase todas à noite e envolviam muitos criminosos hardcore, mafiosos e afins. Mas a meio da temporada as coisas começaram a mudar e a aproximar-se mais da BD.
Começaram a então a aparecer vilões em fatos coloridos e baseados na magnífica galeria de Rogues deste herói. Um que ganhou as luzes da ribalta foi o Trickster (Trapaceiro), interpretado pelo actor Mark Hammil que andava fora dos holofotes desde a sua participação em Star Wars como um dos protagonistas.
O Capitão Frio e o Mestre dos Espelhos também apareceram em alguns episódios e foram outros dos bons exemplos de como uma série de super-heróis que enfrentam super vilões até pode ser bastante agradável.
Tenho a série em DVD e aconselho-a a todos que sejam fãs do género de super-heróis ou que gostem de uma boa série de acção e de aventura. São cerca de 50 minutos bem passados e que só nos faz pensar porque a Marvel ou a DC não apostam mais em séries do género.
