Candy Candy foi mais um daqueles desenhos animados Japoneses de fazer chorar as pedras da calçada que marcou a nossa infância, era um programa mais para meninas mas que muito menino acabou por ver também.
A série era baseada num Manga do mesmo nome, de Kyoko Mizuki e Yumiko Igarashi, e teve cerca de 115 episódios entre 1976 e 1978, que a RTP transmitiu em 1983 numa versão dobrada em Português e que segundo contam só teve 50 episódios, devido às queixas que a estação estatal recebia acerca da história conturbada desta pequena jovem. Parece que havia “Beijinhos” e tudo entre a Candy e o seu Príncipe e Portugal ainda não estava preparado para desenhos animados assim.
A diferença maior para os outros desenhos animados, é que isto era uma autêntica Novela e era transmitida como uma e apelava às meninas como as Novelas apelavam às Mães.
Candy (Isabel Ribas) foi abandonada ainda bebé num orfanato, no mesmo dia que a Irmã Maria (Carmen Santos) e a Miss Paula (Irene Cruz) encontram outra bebé chamada Ana (Fernanda Figueiredo). As duas meninas cresceram juntas e tornam-se inseparáveis. a alegria de Candy contagiava tudo e todos.
Houve um dia que uma família tentou adoptar Candy, mas esta recusa-se porque não queria deixar para trás a sua amiga Ana, mas o problema é que esta não tem problema em ser adoptada por uma família rica e deixa para trás a sua amiga. Ela depois escreve uma carta a Candy onde diz que elas não podem continuar a ser amigas, pois agora pertence à alta sociedade.

Candy fica a chorar todos os dias sem parar, e só se acalma vê um rapaz de kilt, o António (João Lourenço), a tocar gaita de foles e fica encantada. Candy é finalmente adoptada por uma família, que também era rica, para ser dama de companhia de Elisa (Irene Cruz), mas Elisa e o seu irmão Daniel fazem-lhe a vida negra e o que parecia poder ser uma vida feliz longe do orfanato, acaba por não o ser. Mas Candy faz muitos amigos, como os vizinhos Luís e Artur, que pertencem à família mais rica da região e dos quais o jovem António, que na verdade é o “príncipe” que Candy sonhava, era primo.
Continuava assim a novela de Candy, da qual os Portugueses não resistiram à violência psicológica e não quiseram ver até ao fim. Apesar de tudo lembro-me de existir muito merchandising desta personagem na escola, desde mochilas a cadernos, e a caderneta de cromos teve bastante sucesso.
Foi mais um dos desenhos animados que nos fazia chorar e vibrar ao mesmo tempo, com mais uma criança a viver sem os seus pais e a viver aventuras demasiado intensas para a idade que tinham.
4 Comments
Como adorávamos esta série!
Partilhámos nos Índios e Cowboys o teu post do Tom Saywer.
Passa por lá. Vais gostar.
Palavra de Chefe Índio!
http://indiosecowboys.blogspot.pt/
Gostei sim senhor 🙂 e obrigado pelo gosto, já estou a seguir o vosso blog.
Olá!
consegui assistir todos os episódios disponíveis de Candy Candy, (amo muito a internet!) mas por causa do desentendimento da autora e da ilustradora, não existem os capítulos finais da história…
Aqui no Brasil, passaram alguns dos episódios e eu nunca vi nada relacionado ao animê para vender por aqui (nem qdo pequena e menos ainda agora). Não existiu esse mkt por aqui. Uma pena…
Adorava, ainda tenho os cromos guardados.