A Rainha da Sucata foi a primeira novela das 8 escrita por Sílvio Abreu, que primava pelo bom humor e com uma interpretação fantástica por parte de Regina Duarte.
A novela foi encomendada pela Rede Globo para ser uma opção de humor na sua grelha de telenovelas, algo que foi cumprido até a primeira metade da trama, altura em que a novela começou a ter um tom mais sério e com algum drama à mistura. Foi transmitida no Brasil entre 2 de Abril e 29 de Outubro de 1990 com 179 episódios, sendo transmitida pela RTP em horário nobre pouco tempo depois.
Maria do Carmo (Regina Duarte) teve muito sucesso seguindo negócio do seu pai, Onofre (já falecido), que trabalhava com ferro-velho. Ela chega aos anos 1990 com os negócios ampliados e consolidados, podendo abrir uma lambateria no alto de um edifício de sua propriedade na avenida Paulista.
Apesar disso ela sofre por causa de Edu (Tony Ramos), que a humilhou no passado. Acenando com sua conta bancária, ela conquista-o para o casamento, ao que ele aceita por causa do dinheiro dela, mas depois se apaixona de verdade. Ela então conhece dias de terror ao enfrentar a vilã Laurinha Figueroa (Glória Menezes), que é apaixonada pelo enteado e não se conforma em perder Edu para a “sucateira”.

O casamento é acompanhado de perto por outros infortúnios, já que os negócios de Maria do Carmo enfrentam a derrocada económica provocada pelo seu administrador mau-caráter, Renato Maia (Daniel Filho). E ela ainda perde o prédio na Paulista para sua vizinha, Dona Armênia (Aracy Balabanian) que era a legítima proprietária e uma mãe superprotectora, que controla a vida dos seus três filhos Geraldo (Marcello Novaes), Gerson (Gerson Brenner) e Gino (Jandir Ferrari), três irmãos que vivem em guerra por disputarem o amor da esbelta e simples Ingrid (Andrea Beltrão).
O que me lembro mais da novela era deste grupo, a mítica frase “vou implodir o prédio e colocar na chon” ou tratar os filhos como “as minhas filhinhas”. Aracy em grande neste papel que nos arrancava muitas gargalhadas.
Na trama ainda tem Caio Szimanski (António Fagundes), um professor de história que acaba sendo disputado pela atraente Nicinha (Marisa Orth) e pela cantora Adriana Ross (Cláudia Raia), filha de Laurinha Figueroa. Mariana Szimanski (Renata Sorrah), a irmã rica de Caio, é uma mulher elegante, porém tímida e insegura que depois de ser abandonada no altar, é seduzida pelo mau-carater Renato Maia, que se casa com ela por interesse em sua herança e assim poder crescer na alta sociedade. Mariana passa a sofrer nas mãos de Renato, homem perigoso e vigarista capaz de tudo pelo poder.
Uma novela leve e bem escrita, que marcou a carreira do Sílvio Abreu e ainda hoje é lembrada com saudade.
7 Comments
O texto sobre "Rainha da Sucata" é bom, mas em nenhum momento Caio se apaixonou por Maria do Carmo. Que ele era disputado pela noiva purgante Nicinha e pela bailarina da coxa grossa Adriana Ross isso é verdade. No máximo deveria ter sido amigo de Do Carmo e ao longo da novela os dois descobrem que são irmãos do mesmo pai, pois o Onofre (Lima Duarte) era amante da mãe de Caio e Mariana, Salomé (Fernanda Montenegro). A Maria do Carmo chamou a atenção de Gerson, namorado dela no ínicio da trama, do Edu, que se apaixonaria de verdade por ela a partir da segunda metade da novela e o Renato Maia, que mesmo mau caráter e obcecado pelo dinheiro da sucateira, tinha uma atração por ela. Das duas vezes em que assisti "Rainha da Sucata" (1990 e 1994) não teve nenhuma ligação afetiva entre Maria do Carmo e Caio.
ok corrigido e obrigado. Sou sincero (e como abordei no texto) o que me lembro mais é do núcleo da Aracy, o resto foi de textos da wiki e de sites sobre a novela (em mais que um falavam dessa relação amorosa).
Grato.
Como adorava esta novela quando era garoto!
Obrigado pela recordação.
Gostava muito dessa novela. A Dona Arménia costumava trocar os géneros ("As minhas filhas!") e a sua popularidade foi tal que ela e os filhos reapareceram noutra novela (Deus Nos Acuda).
António Fagundes também estava divertido como o Caio: "Não ca…ca…casa com aquele pa…pastel!"
De nada Ricardo 🙂
Sim eu só me lembro do núcleo dela mesmo por isso "as minhas filhinhas" e o "na chon" que eu repetia até a exaustão 😀
Era bastante miúdo na altura, desta novela não me lembro de nada da história ou personagens.
Fiquei com recordações mais nítidas foi do genérico, que sei que envolvia uma ventoinha de pé alto a dançar eheh.