Bana e Flapi (ou anos mais tarde Puchi o Esquilo) foi mais um da enorme lista de desenhos animados da década de 70 e 80 que nos divertia e fazia chorar ao mesmo tempo. Um grupo de animais de ar querido que fez a delícia de quem viu a série e se apaixonou pelas histórias deste Esquilo de nome Bana ou Puchi, conforme o ano em que o vimos.
Foi mais um desenho animado com a chancela do estúdio Nipónico Nippon Animation, por isso tecnicamente é mais como um Anime, produzida em 1979 e baseada nuns livros infantis de 1922 de Ernest Thompson.
Bana (ou Puchi) era, para variar, um esquilo orfão que se tinha separado da sua família, numa altura que estavam a cortar as árvores da sua floresta, e foi recolhido por um pequeno rapaz, o Tino, que o encontrou desamparado e assustado e o levou para a sua quinta. Aí uma pequena gata acolheu-o como se fosse um filhote dela e o protegia dos perigos da quinta, em especial do cão de lá.

Quando acontece um incêndio na quinta, Bana vê-se abandonado de novo já que os donos salvam apenas os seus animais domésticos deixando assim o esquilo sozinho e assustado. Ele volta assim para o Bosque onde nasceu, onde enfrenta inúmeros perigos mas aos poucos, porém, vai-se integrando e chega a ajudar os animais da floresta com os conhecimentos que ganhou na quinta no meio dos seres humanos e animais domésticos.
Ele descobre ali novos amigos, como Flapi, um esquilo fêmea com a sua idade bem como outros, tais como o Avô Mocho, o Sr. Sénior, o Sr. Riscado, ou os ratos Não e Nem entre outros que viviam constantemente perseguidos pela matreira Sra. Raposa. Os dois esquilos protagonistas eram muito carismáticos, Bana com a sua ruiva pelagem, o seu colete verde e o inseparável guizo e Flapi, a sua amiga ou mesmo namorada, com uma pelagem castanha e uma flor junto à orelha.
A primeira vez que isto foi transmitido por cá, foi na segunda metade da década de 80 pela RTP com o nome Bana e Flapi, com uma dobragem em Português e tendo um mítico genérico cantado pelo grande Armando Gama. Em 1989 a RTP voltou a transmitir a série, mas desta vez com o nome de Puchi, com uma nova dobragem em Português e uma nova canção de genérico.
Esta segunda dobragem tinha um ar mais sóbrio que a primeira, começando logo pela música que não tinha um feeling tão alegre e divertido como na primeira. Ambas tiveram bastante merchandising relacionado com elas, como as míticas figuras em PVC ou as cadernetas de cromos da Disvenda. Mais um daqueles desenhos animados que me faz logo lembrar de tardes chuvosas de Inverno passadas a ver isto.
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Descobri um pouco do seu trabalho fantástico. Começou comigo a procurar fotos de séries, objetos, lembranças específicas que guardo desde muito pequenina. Curiosamente, ao final de algum tempo, percebi que o blog "ainda sou do tempo" aparecia com frequência depois de eu escrever no browser o nome específico daquilo que procurava. Confesso que não o visito para ver o que tem. Prefiro, num exercício da memória, escrever o nome de algo que recordo e ver onde me leva. Por várias vezes, traz-me aqui. Recordo-me de bastantes vivências e séries dessa época, assim como datas e números que me surgem naturalmente desde sempre e sem saber porquê… Por isso, e reconhecendo com grande apreço o que faz, permita-me apenas uma pequena correção. "Bana e Flapi" (nesta única versão que conheço), não passou em Portugal na segunda metade da década de 80 mas na primeira, tal como várias outras séries e filmes que abordavam a temática de base da personagem principal órfã.
A outra versão com novo nome, que atribui a 1989, não faço ideia, pois não a vi e, por isso, aí já não me pronuncio.
É só um detalhe.
Muitos parabéns pelo trabalho (não sei sequer se continua a alimentar o blog, ou a revisitá-lo, mas é um trabalho muito bom).