Nos anos 70 e 80 havia alguns abusos nas brincadeiras de criança, e uma das mais intensas era sem sombra de dúvida a do Corredor da Morte. Uma das preferidas dos Bullys e uma das menos desejadas pelos caixas de óculos e gordos da escola.
Quando era jogada por um grupo de amigos, era uma brincadeira normal, um pouco forte e intensa mas divertida, com a liberdade de podermos dar livremente os calduços que sempre gostávamos de dar à socapa. O pior era quando estávamos na escola (e isto era recorrente nos Liceus) e víamos os elementos menos desejados a formarem 2 linhas em paralelo e tínhamos que passar pelo meio, já sabíamos que estava ali a armadilha e todas as condições para um corredor de morte improvisado que nos iria custar muito.
Aí só tínhamos a opção de ir dar uma volta maior e assim evitar cair nessa armadilha, ou de arriscar e passar pelo meio como quem não quer a coisa. O pior era quando nem era por “armadilha” e exigiam mesmo que ficássemos no corredor da morte..
Isto tudo porque eles descarregavam ali tudo o que queriam fazer, não eram nada meigos nos calduços e por vezes elevavam a coisa com pontapés e tudo. Sim, eu era uma dessas vítimas de bullying por isso posso descrever bem o que acontecia, por norma sofri mais disto na Escola Secundária de Alvide, uma escola com muitos corredores entre pavilhões e a ideal para esse tipo de armadilhas.
Não sei se ainda se joga esta brincadeira hoje em dia, mas foi uma das desejadas de todo o Bully que se prezava na década de 80.
