Ainda sou do tempo de receber as prendas de Natal pela manhã, fazendo de conta que o Pai Natal tinha vindo pela “chaminé” (coisa que não tinha) ou mesmo a que os familiares nos tinham presenteado. Tive a sorte de a meio da década de 80 receber aquela que era a oferta que muitos dos meus amigos pretendiam, a estação de serviço da Galp. Foi uma das minhas prendas favoritas e com a qual brinquei muito.
Não me recordo se existiram anúncios para este brinquedo, se foi uma acção promocional da galp ou alguma parceria com uma empresa de brinquedos, o certo é que conhecia muitos dos meus amigos que a desejavam e muito invejaram esta minha prenda. Curiosamente nem fazia parte dos meus pedidos ou desejos para esse Natal, mas obviamente que foi-me impossível resistir à obra de arte que era esta estação de serviço com um elevador embutido.
A montagem não era complicada, quase tudo de encaixes fácil e com uns autocolantes que tínhamos que colar em locais estratégicos, quer com o símbolo da Galp quer com desenhos a fingir que eram lojas no interior da estação serviço. Uma pequena estrada de acesso e estava assim pronta a usar. Lembro-me da minha reacção à prenda e de como festejei efusivamente quando a Tia que me ofereceu tal presente surgiu lá em casa, e como ao mesmo tempo surgiu a tia que me ofereceu uma camisola e a reacção não foi tão efusiva e ter que ouvir um grande sermão depois. Sempre odiei como tínhamos que reagir de forma hipócrita a algo que não queríamos, por mais que fosse algo que precisávamos, o Natal é para brinquedos. Ponto final.
Agarrei em todos os meus carrinhos, os da Majorette eram perfeitos, e comecei então a fazer muitas subidas por aquele elevador ou paragens imaginárias para se colocar gasolina no posto à entrada dela. Alguém mais teve?
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Garagem Galp produzida em Portugal e na fabrica do meu Pai, brinquedo 100% Português, coisa que hoje é impossível porque tudo vem da China.