Chuck Norris era uma das estrelas dos videoclubes Portugueses e Brasileiros na década de 80, uma estrela de acção de filmes de classe B que nos saciavam a sede por violência e matança desenfreada. A saga Desaparecido em Combate é um dos maiores sucessos do actor, um clássico do VHS que todos os pais queriam ver e os filhos viam por arrasto.
Missing in Action (em Português Desaparecido em Combate e no Brasil Bradock o Super Comando) foi mais uma produção da Canon, dirigido por Joseph Zito e com Chuck Norris no principal papel. O filme teve origem num scritp de James Cameron de 1983, que se destinava ao filme Rambo II (o que explica as similaridades entre as duas películas) e os responsáveis da Canon inspiraram-se nisso e lançaram então o 1º Desaparecido em Combate em 1984.
Para prevenir acusações, os produtores decidiram filmar os dois primeiros capítulos desta franquia de uma só vez e lançá-los no cinema antes de sair o Rambo. O aspecto filme B (clássico nas produções Carolco-Cannon) não ajudou à coisa e tudo percebeu as semelhanças entre os dois e qual teria sido realmente copiado.
Missing in Action foi recebido com críticas negativas um pouco por todo o lado, mas foi um êxito financeiro sendo um dos filmes com maior bilheteira para Chuck Norris com um lucro de mais de 6 Milhões só nos Estados Unidos (chegou a ter mais de 20 Milhões após ter estreado em todo o mundo). Nele vemos como o Coronel James Bradock consegue escapar de um campo de concentração Vietnamita após 7 anos de tortura e encarceramento, anos mais tarde veio a descobrir que ainda existiam campos assim e participa então numa missão para acabar com essa tortura.
O filme saiu em Novembro de 1984 e a sequela em Março de 1985, muita pouca diferença entre os dois (e de novo antes de sequer sair o Rambo II) e nada comum nestas produções. Curiosamente a segunda parte foi mais elogiada que a primeira, o que fez com que existisse uma terceira instalação em 1988 que foi um fracasso na bilheteira e a última produção do grupo Canon.
O meu Pai adorava os filmes do Norris e do Charles Bronson, por isso sempre que saía um tinha que alugar o VHS e trazer para casa onde acabava por ver também a k7. Este acabou por seduzir-me pelas cenas exageradas e a matança absurda que acontecia no decorrer da “história”. A cena onde Bradock sai da água com uma arma enorme e começa a matar tudo e todos é mítica e um clássico sempre que se recorda esta produção.