O Banco Fonsecas & Burnay é daqueles nomes de instituições bancárias que ainda hoje resiste na memória de muitos, afinal numa altura em que existiam poucos balcões e poucas instituições, algumas destacavam-se pelos seus nomes clássicos e símbolos sofisticados.
Mesmo quem era criança na década de 70 e 80 ficava com os nomes dos bancos na cabeça, quer por causa dos papéis que os pais deixavam à vista, quer pelas canetas e porta chaves com que por vezes éramos presenteados e fazíamos colecção. Neste caso ajudava o facto de ter um logotipo todo estilizado, um nome todo finório que nos transmitia confiança e fazia os mais novos quererem coisas com aquele símbolo.
Foi da fusão do Banco Burnay e o Banco Fonsecas, Santos e Vianna em 1967 que nasceu o Banco Fonsecas & Burnay, começando a crescer de tal forma que rapidamente começou a engolir outras instituições, algo comum já que as suas raízes remontam a 1875 e foi com a união de várias sociedades anónimas que começaram as raízes do BFB com a visão de Henry Burnay a prevalecer.

Imagem retirada de http://restosdecoleccao.blogspot.pt/

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Em 1961 abria no largo do Chiado a agência do banco Burnay, que se viria a tornar um símbolo daquele espaço durante décadas a fio, e foi pioneira com o seu sistema Bancomat àquilo que viria a ser comum anos depois, as máquinas ATM. Para além de tudo o BFB apostava na sua publicidade, promovendo-o como o banco de todos e com serviços que apoiavam as populações, como a caixa móvel que se deslocava a populações e recebia os seus depósitos e transportava-os para o banco, fazendo com que o cliente não se tivesse que deslocar grandes distâncias para depositar o seu pouco dinheiro. (informações deste paragrafo retiradas de http://restosdecoleccao.blogspot.pt/ )
Foi considerado o banco lusitano mais internacional de todos os tempos, isto devido à visão dos sócios maioritários (2 cidadãos Belgas e 1 Parisiense) que com a sua experiência internacional levaram a que a aposta em mercados fundamentais como o dos transportes ou telecomunicações. Para além disso tornou-se o principal parceiro do Estado, o que lhe garantiu uma estabilidade e uma credibilidade sem paralelo.
Em 1991 foi adquirido pelo BPI, num negócio que abalou o País pela sua dimensão financeira e que afastava assim de todos um banco que há muito fazia parte da nossa vida com o seu slogan “dedicado a si” completamente incorporado no nosso dia a dia.

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