Volto a um dos meus estúdios de animação favoritos , para falar de um dos seus produtos mais peculiares, o Gorila Maguilla que fez bastante sucesso na década de 60 no nosso país e não só.
The Maguilla Gorilla show foi mais uma produção dos estúdios da Hanna-Barbera, no velho estilo de ser acompanhado por mais uns segmentos de outra personagem animada (por cá passavam sempre só um desses segmentos). A série foi transmitida entre 1963 e 1966, sendo transmitida no nosso país pela RTP em 1967 na versão original com legendas em Português sendo depois usada como tapa buracos durante a década de 70 e 80, no Brasil foi transmitido pelo SBT e naturalmente foi dobrado em Português com a voz de Flávio Galvão na personagem principal.
Como muitos dos programas deste estúdio, o show teve algum sucesso no nosso país, com colecções de cromos e de bonecos pvc a fazer a delícia da criançada. Até chegou a haver campanhas da Olá a promover a oferta de bonecos relacionados com este programa. No Brasil existiu um lutador de boxe que recebeu a alcunha de Maguila por causa deste desenho, Adilson José Rodrigues ficou assim conhecido como Maguilla.

O Sr. Peebles é dono de uma loja de animais, e há muitos anos que tenta vender um gorila que tem desde bebé, o Maguila. Ele recorre a todo o tipo de promoções para ver se vender este primata, mas isso nunca acontece e ele acaba sempre por gastar o seu dinheiro na alimentação deste gorila esfomeado. Como outras personagens do estúdio, também Maguila se comporta como um humano, com uns calções presos com suspensórios, um laço borboleta e um chapéu de coco a abrilhantar o seu visual.
É um animal bastante divertido mas algo trapalhão, acaba sempre por se meter em grandes confusões e piorar a situação para o pobre sr Peebles. Maguila foi sempre usado pela Hanna-Barbera em diversas produções, provando que ainda hoje é uma das personagens mais queridas do estúdio e do público em geral. No original vinha acompanhado pelos segmentos do Gato Saloio e rato Maloio e do Xerife Coelho Ricochete.
Mais tarde deu naquele período pós-telejornal na versão em Português do Brasil, encantando assim de novo uma geração que continuava a ser seduzida pelas personagens da Hanna-Barbera.