Fez parte de uma das bandas de maior sucesso da década de 70, e a solo soube manter esse sucesso e ser uma das figuras de destaque da música nos anos 80. Lionel Richie é um cantor/compositor que deixou a sua marca no panorama musical que se goste ou não do seu estilo.
Lionel Brockman Richie, Jr, nasceu a 20 de Junho de 1949 no Alabama (EUA), e depois de ter feito parte de alguns grupos de R&B nos anos 60, juntou-se aos Commodores em 1968, banda que começou a fazer algum sucesso com as suas músicas Soul e Funk. Richie era cantor e tocava saxofone no grupo, começando depois a escrever baladas mais românticas que ajudaram a que os Commodores se tornassem um nome a ter em conta nos anos 70. “Easy” e “Three Times a Lady“, foram alguns dos sucessos que ele escreveu e cantou no grupo, mostrando que tinha um grande talento como compositor e começou assim a escrever para outros cantores, sendo que algumas delas se tornaram grandes êxitos.
“Lady” de Kenny Rogers é um bom exemplo disso, tornando-se uma das músicas mais tocadas de 1980, enquanto que no ano seguinte o dueto entre Richie e Diana Ross com a música Endless Love ajudou-o a ganhar uma tal notoriedade que o fez aventurar-se a solo no ano seguinte. Vendeu mais de 2 Milhões só nos Estados Unidos, sendo um dos maiores sucessos de sempre da Motown, e foi #1 em diversos Países do UK ao Canadá, do Brasil ao Japão passando pela Austrália ou mesmo Portugal.
Em 1982 lançou Lionel Richie, o álbum que viria a vender mais de 4 Milhões de cópias, com o single “Truly” a torna-se uma das mais tocadas desse ano. No ano seguinte bateu esses recordes (vendendo o dobro) e ganhando prémios como 2 Grammys, incluindo o de Álbum do ano. Can’t Slow Down levou o artista também ao reconhecimento Internacional, com a música “All Night Long” a colocar a dançar o mundo inteiro com aquele ritmo Caribenho que beneficiou de um teledisco muito colorido e do facto de ter sido tocada por Lionel na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Los Angels.
Mas 1984 foi um ano de mais #1’s para Richie, a música “Hello” tornou-se uma das de maior sucesso da sua carreira (ainda hoje recordada e cantada por todos mesmo que de forma perjorativa), uma música romântica muito intensa que ainda foi acompanhada por outras como “Stuck on you” ou “Penny Lover”. Cá em Portugal era impossível ficar indiferente às suas músicas, apareciam constantemente na rádio ou nos programas de Televisão e o artista fez parte da colecção de latas da Pepsi que comemorava os artistas ligados aquela marca, algo que aconteceu também no Brasil e em outros países.
Em 1985 compôs e interpretou “Say you, Say me” para o filme White Nights, que o levou a vencer um Óscar e a ser #1 na tabela Norte Americana. algo que voltou a repetir nesse ano quando colaborou com Michael Jackson no mega êxito “We are the World“. Muitos chamavam-no do “Barry Manilow preto” devido às músicas que compunha e interpretava mas isso era diminuir o trabalho e talento deste artista, que já se tinha implementado no panorama musical e não necessitava de comparações.
Em 1985 fugiu um pouco às baladas e editou aquele que foi o seu último disco de sucesso, Dancing on the Ceiling, que apesar das suas músicas animadas e fora do que estávamos habituados a ver, teve um grande sucesso com os singles Say you, Say me e Dancing on the ceiling a treparem as tabelas de top um pouco por todo o Mundo. Ainda editou alguns álbuns, mas ficou sempre longe do sucesso que teve no começo dos anos 80, apesar de continuar sempre a aparecer em destaque em discos de outros artistas ou em programas de televisão.
Nos últimos tempos virou um sucesso nos países Árabes, fazendo digressões por lá de forma constante assim como pela Austrália ou Nova Zelândia. O artista chegou a voltar às suas origens R&B mas continua a ser fiel às músicas pop que o fizeram ser reconhecido internacionalmente.