Hoje falo daquela que foi a primeira série a ser dobrada em Portugal, um programa de origem Francesa que cativou crianças de várias gerações já que o Carrocel Mágico foi presença constante na RTP durante muitos anos. Quem não se recorda do mítico Franjinhas?
Serge Danot criou esta série em 1963, tendo também escrito e realizado a primeira série que foi ainda filmada a preto e branco e foi assim que a vimos por cá pela RTP em 1966, com a curiosidade de ser a primeira que víamos falada no nosso Português apesar de nem ter sido feita por cá. E a coisa tinha nomes do calibre de João Perry, Luís Horta ou Maria de Lurdes de Carvalho.
O Carrocel Mágico teve mais de 750 episódios, sendo que a primeira leva foi filmada entre 1963 e 1967 e depois de uma longa metragem em 1970, foram produzidos mais 100 episódios em 1973 que tiveram o mesmo sucesso da original. Em 1989 a AB produziu mais de 350 episódios que ainda conseguiram encantar uma geração mesmo que longe do impacto dos anteriores.

O cão Franjinhas foi uma das personagens que sobressaiu da série, apareceu no 6º episódio com a voz do João Perry e como em França ou Inglaterra era aquela que as crianças mais gostavam e mais queriam ver. O cão que fazia tudo por açúcar era muito fofo para passar despercebido, e ganhava em popularidade comparando com outras personagens como o Coelho Flávio, a Vaca D. Rosália, a menina Anica ou o Tio Realejo.
Por cá fez muito sucesso uma colecção de bonecos oferecida pelos Gelados Olá, uma caderneta de cromos das “antigas” e um peluche do Franjinhas que todos queriam ter. A série repetiu bastante vezes na década de 70 e nos anos 80, estando sempre presente apanhando assim várias gerações que puderam ver aquilo que cativou tantas crianças na década de 60.
Em 2009 foi feito um filme em 3D e uns episódios para TV, mas não tiveram a mesma aceitação que esta série teve noutros anos.

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Que saudades tinha eu dez anos