Apesar de muitos acharem apenas um “mau filme”, eu acho que Tango e Cash é daqueles filmes tão maus que dão a volta e depois até dá gozo ficar a ver. Cheio de clichés de filmes de acção dos anos 80, reuniu dois actores cheios de carisma que acabam por ser caricaturas deles mesmos o que até ajuda um pouco à coisa.
Tango & Cash foi um filme de 1989 com Sylvester Stallone e Kurt Russel nos principais papéis, com Teri Hatcher num dos seus primeiros papéis e Jack Palance como um vilão daqueles típicos de filmes daquela década, mas de uma forma tão exagerada que roça o fantástico. O filme teve a curiosidade de ter dois realizadores, primeiro foi Andrei Konchalovsky mas depois de alguns problemas foi Albert Magnoli que terminou a película.
Tornou-se um clássico do VHS, um daqueles filmes de polícia onde dois parceiros bastante diferentes um do outro tentavam co-existir um com o outro. Stallone era Tango, um polícia que gostava de andar bem vestido de fato e gravata, que adorava viver no limite e perseguir os bandidos de forma dura mas sempre “dentro da lei”, enquanto que Russel era Cash, um daqueles polícias “sujos e porcos” que andava à vontade e também era bruto e duro a prender os bandidos, apenas gostava de torcer mais um pouco os limites da lei e do que podia fazer a eles.
Ambos são tramados por Palance e um grupo de bandidos que sofria com a acção destes polícias e são condenados a passar tempo numa prisão onde tudo pode acontecer e tudo os quer matar. Existe bastante acção no filme e com muito “humor”, com os dois agentes a terem sempre uma “boca” a mandar enquanto fazem algo. Esse humor exagerado roça o ridículo por vezes, mas quando se viu o filme pela primeira vez tudo se ria e gostava desse mesmo humor. Existem cenas absurdas, como quando invadem a casa dos inimigos num carro todo artilhado, ou quando escapam da prisão, mas mais uma vez isso tudo era perdoado naquela altura e confesso que é um dos meus guilty pleasures este filme.