Mais um daqueles desenhos animados que marcaram uma geração, apesar de ser mais um produto dos anos 80, só vimos isto já nos anos 90, quando foi transmitido pela SIC aos Sábados de manhã. GI Joe já era uma linha de brinquedos quando o programa estreou por cá, mas nem assim deixou de ter sucesso e cativar muitos de nós.
G.I. Joe: A Real American Hero era já uma linha de brinquedo de sucesso da Hasbro, e como acontecia naquela década teve direito ao seu próprio desenho animado que veio a ter tanto sucesso como os bonecos que lhe deram origem (e ajudaram também na venda deles). A Sunbow Productions foi a escolhida, e depois de uns filmes e mini séries entre 1983 e 1984, a série regular estreou em 1985 e ao todo foram quatro temporadas que ombrearam no sucesso com outras do género como Transformers ou He-Man.
Os bonecos que representavam uma unidade militar Norte-Americana foram comercializados por cá no final da década de 80 (falarei nisso melhor noutra altura), mas só conseguimos ver o desenho no começo dos anos 90, ou seja tivemos primeiro os brinquedos e só muito depois a série. Como os bonecos tinham sucesso, foi normal que a série também tivesse, foi transmitida pela SIC aos Sábados de manhã logo no começo do canal.

Emitida na sua versão original e com legendas em Português, pudemos assim ver as aventuras de um grupo militar que protegia o mundo de uma unidade terrorista conhecida como Cobra e que desejava controlar o mundo (algo habitual nessa década). Curiosamente apesar dos tiros trocados, das batalhas imensas, não havia mortos nem sangue nesta série, ficava tudo apenas ferido ou escapava sem grandes mazelas. Como muitos desenhos animados dos anos 80, também estes apostavam numa moral no final do episódio (algo que como sabem eu odiava) terminando com a frase “and knowing is half the battle”.
Já era “mais velho” quando isto começou a dar por cá, mas nem por isso deixei de vibrar com a série, só que não me “bateu” da mesma forma que as outras devido a estar mais velho e já não ver aquilo da mesma forma. Tinha um amigo meu que tinha bastantes GI Joe para brincar e por isso já conhecia alguma das personagens, sempre gostei do conceito de haver “especialistas” nas equipas e cada um com sua arma específica ou veículo de combate.
Houve personagens que se destacaram, o ninja Snake Eyes, o vilão Cobra Commander e seus aliados Destro ou Baronesa, ou então personagens adaptadas de outras coisas conhecidas como um Wrestler da WWE, o Srgt. Slaughter. Zartan, Bazooka, Wet Suit, Shipwreck ou Serpentor foram outros dos nomes que ficaram conhecidos, assim como os “Viper“, nomes dados às tropas dos Cobra (que eram aos milhares).
Cobra Commander foi mais um daqueles vilões com visual interessante (quer com o capacete que não deixava ver nada, quer com a máscara estilosa que cobria rosto todo) que apesar de querer dominar o mundo e nunca vencer uma batalha, deixava-nos por vezes a torcer por ele. A linha teve ainda uma série de BD pela Marvel comics (e mais tarde por outras editoras), uma série nova de animação (de inferior qualidade e criada pela DIC) no começo da década de 90 e no Século XXI já foram feitos inclusive dois filmes. Prova que realmente foi uma daquelas marcas que não deixou ninguém indiferente nos anos 80.