Hoje falo de mais uma boa comédia realizada por Ivan Reitman, o filme Gémeos tinha a particularidade de juntar dois actores muito diferentes (em todos os aspectos) numa história que realçava essas mesmas diferenças de uma forma divertida e encantadora.
O filme Twins (Gémeos) foi realizado em 1988, uma comédia do realizador Ivan Reitman e que tinha Danny DeVito e Arnold Schwarzenegger nos principais papéis. A história era simples mas que apelava ao sentimentalismo, dois irmãos gémeos que tinham sido separados à nascença e que só viriam a saber disso quando já estavam na idade adulta. Um deles após descobrir isso parte numa viagem longa para descobrir esse seu irmão, mal ele sabia que eles eram completamente diferentes um do outro.
A piada do filme começava logo na diferença física evidente entre os dois actores, DeVito pequeno e atarracado, Arnold grande e musculado, um moreno outro louro e na história, um é puro e ingénuo o outro malandro e sacana. Acabou por ser um sucesso de bilheteira, o que levou aos maiores salários de sempre na carreira destes dois actores, isto porque eles acordaram em receber 20% da bilheteira em vez de um salário normal. Quando percebemos que no final de tudo, Gémeos fez mais de 220 Milhões nas salas de cinema de todo o mundo, ficamos a saber que o salário deles foi algo de extraordinário, ainda mais se pensarmos que estávamos no final da década de 80.
Julius Benedict (Schwarzenegger) vivia numa ilha paradisíaca, tendo sido criado de uma forma pura e intelectual, e aos 35 anos descobre que tinha um irmão gémeo chamado Vincent (DeVito) e decide partir numa viagem à procura do seu mano. Quando o descobre, não liga às diferenças óbvias entre um e outro, ao contrário de Vincent que é cínico e aproveita-se da ingenuidade de Julius para o envolver nos seus esquemas e ao mesmo tempo o proteger de bandidos que queriam acabar com ele.
Ambos descobrem que afinal foram alvo de uma experiência genética, que envolvia a mistura de esperma de uma equipa de homens acima da média (intelectualmente, fisicamente e no aspecto desportivo entre outros) e de uma mulher extremamente bonita para criar a criança perfeita. Tudo isso resultou em Julius, o que os cientistas não esperavam era que o que tinha sobrado da experiência, as partes “Más” resultassem noutra criança, que se veio a tornar o Vincent.
O filme não é brilhante mas é bastante engraçado, a forma como Julius encara um mundo novo é refrescante, impossível não rirmos com ele a cantar no avião, com ele a estacionar o carro ou a mostrar-se a uma rapariga que acha atraente. Ao mesmo tempo achamos piada aos esquemas de Vincent, à sua forma peculiar de encarar a vida e como ele cresceu dessa forma. Depois de muitas confusões, partem em busca da sua mãe que acabam por encontrar no final.
Lembro-me de gravar isto quando foi transmitido pela RTP, e de ver bastantes vezes esse VHS, e de me rir sempre que o revia. Os envolvidos na história já falaram que há possibilidade de uma sequela, e que esta envolveria Eddie Murphy como o outro irmão perdido desta dupla. Vamos ver no que dá.