O Professor Pardal é daquelas personagens que ganhou uma vida própria que vai muito além das suas aparições nas revistas ou desenhos animados da Disney. Mesmo quem não lia (ou via) regularmente, conhecia a personagem e apelidava alguém de “professor Pardal”, quando essa pessoa se punha a inventar, da mesma forma que se apelidava de “Tio Patinhas” quando a pessoa era forreta.
Gyro Gearloose (Professor Pardal) foi uma criação de Carl Barks, que em 1952 o colocou nas histórias dos patos, para ser um amigo e personagem a utilizar nas histórias de Tio Patinhas, Donald e os seus sobrinhos. Nas aparições que teve, demonstrava ter uma inteligência acima da média, e era muito mais calmo e sereno que os restantes patos, tornando-se uma constante ser uma ajuda para as aventuras que o Tio Patinhas queria ter, apesar de nunca receber um cêntimo com essa ajuda.
No ano seguinte à sua criação recebeu um companheiro, o Lampadinha (Little Helper/Little Bulb), uma espécie de robô que tinha uma lâmpada como cabeça e que se tornou um parceiro essencial nas aventuras a solo deste inventor. Eu gostava bastante das histórias a solo, muitas delas criadas no Brasil, eram quase sempre bem divertidas, e ele não era tão calmo como parecia ser no seu começo. Por vezes entrava mesmo em desespero quando uma invenção não corria bem, e não eram assim tão poucas as histórias em que colocava Patópolis e os seus vizinhos em perigo ou em situações caricatas.
Na sua versão original teve uma revista própria, enquanto que por cá (ou seja no Brasil), foram lançados vários Almanaques, umas vezes só com o nome dele a “titular” e noutras acompanhado pelo seu fiel parceiro.
As revistas tinham grande aceitação e ele chegou a ter um manual (algo que só algumas poucas personagens tiveram direito), para além de ser um dos principais protagonistas em Disney Especiais, a revista que a editora Abril lançava de tempos a tempos com um tema especial.