Volto a mais uma das aventuras de Schwarzenegger pela comédia, desta feita no filme Um Polícia no Jardim Escola, que mais uma vez nos divertiu com uma história simples onde este gigante musculado interpretou um papel bastante diferente daquilo que nos tinha habituado.
Kindergarten Cop (Um Polícia no Jardim Escola em Portugal e Um Tira no Jardim Infância no Brasil) foi uma comédia que estreou no Natal de 1990, realizado por Ivan Reitman e com Arnold Schwarzenegger no principal papel. Baseado numa história de Murray Salem, o filme mostrava-nos como John Kimble, um polícia duro, tinha que encarar o maior desafio da sua vida ao ir para um jardim de infância para continuar uma investigação.
Kimble tentava apanhar um barão da droga, e quando descobre que o seu filho pequeno está numa escola ali perto, combina com a sua parceira Pamela Reed para que esta entre para lá como professora e assim investigue melhor qual será a criança que eles procuram. O problema acontece quando ela fica com uma gastroentrite o que deixa Kimble, um gigante musculado e bruto, sozinho e sendo ele a ir para a escola fingir de professor. A interacção do actor com as crianças eleva o filme a outro patamar, a história é básica e bem mais ou menos a forma como tudo se desenrola, mas as cenas com as crianças tornam tudo mais divertido e um filme que até vale a pena dar uma olhada.
Reitman sabia bem mostrar tudo aquilo que iria funcionar, como todas as coisas eram demasiado pequenas para Arnold, como um polícia duro iria perder a cabeça em três tempos com crianças hiperactivas e sem papas na língua. A directora da escola, (a competente Linda Hunt) ajuda-nos a mostrar como também outros ficam assustados a ver aquilo tudo a acontecer. É interessante ver como a relação entre todos se desenrola, como as crianças ajudam Kimble a amolecer e como ele ajuda elas a ficarem mais organizadas com a sua disciplina.
São os melhores momentos da película, que depois embarca num pseudo romance quando Kimble se interessa por uma professora (Penelope Ann Miller) que acaba por se revelar com a mãe do filho do criminoso (Richard Tyson) que Kimble procurava. Ainda houve ali uns momentos de acção e perseguição policial que acho pouco acrescentam à história, não é que fosse mal feito mas não era necessário e nem queríamos ver.
O filme vale pelos momentos leves e pela comédia, e era assim que se devia ter mantido apesar de no seu começo ter mostrado também este lado de acção. Não gosto tanto como gostei de Gémeos, talvez por este não ser tão vincado nesse lado humorístico, mas mesmo assim acaba por ser um filme engraçado de se ver e valer a pena. Também por esse andar em cima da corda bamba não foi muito bem recebido pela crítica, apesar de ter sido um sucesso de bilheteira, mas também na altura o nome Schwarzenegger ajudava muito a isso.