Desta feita vou falar de um jogador do FC Porto, e um que marcou a década de 90 sendo um dos principais rostos dos futebolistas Portugueses dessa década, o defesa central Fernando Couto. Para além de ser uma das figuras de proa do Porto, foi também um esteio na defesa da selecção e no final de carreira foi um dos nossos embaixadores em clubes de renome como o Barcelona ou o Parma.
Fernando Manuel Silva Couto nasceu a 2 de Agosto de 1969 no Espinho, perto do Porto, começando a sua carreira nas camadas jovens do FC Porto, depois de uma época no Famalicão onde as coisas não correram muito bem, mas em 1989 deu nas vistas quando passou pela Académica, voltando ao Porto em 1990, onde foi um pilar na defesa que levou o clube ao bi campeonato entre 1991 e 1993, para além de ter vencido ainda duas taças de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira, juntando assim estes títulos à taça e campeonato que tinha conquistado em 1987 mesmo tendo jogado só uma vez nesse ano.
Couto tinha um cabelo farto que se tornou a sua imagem de marca, isso e as vezes como atacava a bola (e o adversário) em campo, por vezes de uma forma violenta e agressiva. Teve algumas picardias com o defesa central do rival Benfica, Carlos Mozer, entrando por vezes em capítulos que não favoreciam nenhum dos jogadores.

Pela selecção foi um dos membros da geração de Ouro de Portugal, sendo campeão pela equipa de esperanças quando ainda estava no Famalicão na terceira divisão nacional.
Um pouco menos violento no campo do que era no seu clube, Couto tornou-se rapidamente uma presença constante na dupla de centrais da selecção A, formando muitas vezes dupla com o seu companheiro de equipa, Jorge Costa, o que ajudava obviamente o País devido ao bom entendimento e entrosamento entre os dois.
Marcou um golo importante no Euro 96, e foi também capitão da selecção em algumas ocasiões, inclusive no Euro 2004 disputado em Portugal, apesar de ser aí que começou a ser preterido em favor do central Ricardo Carvalho.
Foram 14 anos de representação nas Quinas, tendo feito 110 aparições e apesar de não ter ganho nenhum título, fez parte de alguns dos momentos mais brilhantes do nosso País.
Depois de 106 partidas de dragão ao peito, foi em 1994 para o Parma, numa altura que o campeonato Italiano atraía todas as grandes vedetas do futebol e iam todos parar a um clube transalpino que era transmitido em diversos países, atraindo tanta atenção como o Espanhol tem agora por exemplo. Por lá venceu a Taça Uefa em 1994-95 e terminou num terceiro lugar empatado com o segundo classificado Lazio, para além de ter ido à final da Taça de Itália. A equipa treinada por Nevio Scala era conhecida por praticar um futebol bastante atractivo e no seu plantel tinha nomes como Zola, Asprilla, Thomas Brolin ou Dino Baggio entre outros.
Em 1996 foi então para o Barcelona de Bobby Robson, onde jogou com Ronaldo, Figo e Baía, Venceu um campeonato e 2 Taças do Rei, para além de uma Supertaça Espanhola, uma Europeia e uma Taça das Taças. Não sendo uma escolha regular de Van Gaal, saiu do clube Catalão em 1998, voltando ao campeonato Italiano para representar a Lazio, juntamente com o seu companheiro de equipa Ivan de La Pena.
Jogou na equipa Romana até 2005, vencendo um campeonato, uma Taça das Taças e duas supertaças e taça de Itália. Couto tornou-se assim um dos jogadores Portugueses com mais títulos nos diversos países onde actuou, para além de se tornar quase sempre uma figura da equipa principal onde actuava. Voltou ao Parma onde jogou até 2008, altura em que terminou a sua carreira, no País onde passou maior parte da sua vida profissional e onde viveu um dos momentos mais complicados da sua carreira, quando foi acusado de doping e acabou até suspenso durante alguns meses.
