Recordar hoje um dos jogadores mais importantes na conquista do Tetra pela selecção Brasileira em 1994, o avançado Bebeto. Fez parte do Super Corunha dos anos 90, e jogou pelo Flamengo e pelo Vasco, sendo sempre um dos preferidos da torcida.
José Roberto Gama de Oliveira nasceu a 16 de Fevereiro de 1964, ficando conhecido no mundo do futebol como Bebeto, começando a sua carreira profissional no Flamengo em 1983, ficando no clube até 1989, marcando 34 golos em quase 80 jogos. O começo não foi bom, mas passado uns tempos demonstrou o faro pelo golo e conquistou a torcida, fazendo parte de um dos grandes times dos rubro negros, jogando ao lado de Zico, Edinho, Leonardo, Renato Gaúcho e Zinho entre outros.
Em 89 protagoniza uma transferência polémica para o rival Vasco da Gama, sagrando-se campeão Brasileiro na estreia e conquistando rapidamente os adeptos, marcando golos importantes e ficou no clube até 1992, ano em que formou grande dupla com Edmundo. Bebeto era um exímio cabeceador, sendo também conhecido pelos seus golos sem deixar cair a bola no chão, num perfeito vólei.
Em 1992 vem para a Europa, onde alinhou pelo Desportivo da Corunha, fazendo parte de um plantel muito forte, mas ele rapidamente se destacou e foi o artilheiro do campeonato Espanhol em 1992/93 com 29 golos. O Deportivo quase se sagrou campeão, acabando o campeonato empatados em primeiro lugar com o Barcelona, que venceu por causa do melhor saldo de golos marcados e sofridos.
No ano seguinte voltaria a ser vice campeão, desta feita num combate menos dramático e ficando atrás do Real Madrid. Venceram no entanto a Taça do Rei, provando que conseguiam também conquistar títulos. Na selecção do seu país, começou a ter algumas oportunidades no final dos anos 80, dando nas vistas nas Olimpíadas de 88, formando dupla no ataque com Romário, algo que viria a acontecer muita vez na equipa principal do Brasil.
Foi o principal marcador da Copa América no ano seguinte, que o Brasil venceu após um jejum de mais de 50 anos, mas foi em 1994 que teve o seu melhor desempenho, marcando golos importantes e formando boa dupla com Romário, sendo parte fulcral na conquista do Tetra. Teve ainda algum destaque no Campeonato do Mundo de 1998, onde foi um pouco contestado por causa de já ter alguma idade, mas mostrou nos relvados onde continuava a marcar, conseguindo três golos nessa competição. Abandonou a selecção como o sexto melhor goleador de todos os tempos.
Saiu de Espanha em 1996, como o melhor marcador da história do clube e completo ídolo dos adeptos, algo que se provou quando voltou para os festejos do centenário, sendo recebido em apoteose. Em 1996 voltou ao Brasil, para o Flamengo onde as coisas não correram muito bem, sendo que no ano seguinte esteve no Sevilha de Espanha e alinhou ainda pelo Vitória e o Cruzeiro no seu país natal, virando depois um viajante, jogando no México, Japão e Médio Oriente onde iria terminar a carreira em 2002.
Gostava de o ver jogar, e achei que em 1994 foi um dos jogadores mais importantes no Brasil e adorava ver as suas comemorações, embalando as mãos e braços como se tivesse lá um bebé.