Batman TAS (The Animated Series) foi uma das melhores séries de animação dos anos 90, um desenho animado que respeitava a essência do Batman sombrio, inteligente e corajoso. Muitos de nós tiveram a sorte de ver isto nos finais de tarde do Cartoon Network, lá pelo começo da TV Cabo no nosso país. Influenciou outras séries de animação, e até a banda desenhada, que passou a incorporar algumas das suas personagens.
Bruce Timm e Eric Radomski foram as mentes por detrás deste programa, que apresentava uma complexidade e qualidade artística uns furos acima daquilo a que estávamos habituados. Os desenhos eram elegantes e proporcionavam bons momentos de acção, para além de nos apresentar histórias sombrias e coniventes com a essência da personagem.
Esteve no ar durante três anos, de 5 de Setembro de 1992 a 15 de Setembro de 1995, num total de 85 episódios, transmitidos pela FOX e com produção da Warner Brothers, que produziu também dois filmes (um no cinema e outro para vídeo), que visavam capitalizar o sucesso de audiências que o programa tinha. Ficou em segundo lugar, sempre atrás dos Simpons, em diversas listas para eleger o melhor desenho animado de todos os tempos, para além de ser considerada a melhor versão animada do Batman.
Era evidente a influência dos filmes de Burton no aspecto visual do desenho, com as cores de tonalidade noir e coisas como dirigíveis da polícia, para além de todo o aspecto sombrio que a cidade apresentava. Timm tratou do aspecto visual das personagens, enquanto que Radomski idealizou o cenário gótico que podíamos apreciar em cada episódio. Paul Dini e Alan Burnett foram os outros dois produtores da série, que tinha Andrea Romano a dirigir o elenco de actores que dava voz aos heróis e vilões do programa.
Um aspecto curioso era de que os diálogos eram gravados com ambos os actores em estúdio, e não em estúdios separados como era hábito. Kevin Conroy era o Batman, Bob Hastings o comissário Gordon e Robert Constanzo como o detective Bullock. Tínhamos ainda a Melissa Gilbert (de Casa na Pradaria) a vestir a pele de Batgirl, enquanto que Loren Lester era o Robin. No lado dos vilões Mark Hamill (de Star Wars) roubava a cena como Joker, interpretando-o de uma forma irracional e muito a ver com a personagem.
O Pinguim foi outro dos vilões com um bom tratamento, mas no geral todos os que apareceram na série eram fiéis à BD e com um bom design artístico. E depois ainda houve o caso da Harley Quinn, a louca apaixonada pelo Joker, que teve tanto sucesso que acabou por ser incorporada na BD também.
Foi uma boa série, acabei por comprar os dvd’s e ao rever os mesmos posso comprovar que não envelheceram mal e a qualidade ainda está lá.