Raul Solnado foi um dos maiores nomes da nossa história audiovisual, humorista por excelência, conquistou os Portugueses com os seus trabalhos no teatro, os seus discos de humor ou como apresentador de programas de Televisão.
Nascido em Lisboa a 19 de Outubro de 1929, Raul Augusto de Almeida Solnado estreou-se profissionalmente no teatro em 1953, poucos anos depois e começou a participar em alguns filmes e na década de 60 conhece o sucesso ao adaptar um sketch do espanhol Miguel Gilla chamado “A Guerra de 1908”, estreado na revista Bate o pé que esteve em cena no Teatro Maria Vitória em 1961.
O disco onde compilava esse e outros sketch bateu recorde de vendas e o tornou imensamente popular, aparecendo em programas televisivos tanto no Brasil como em Portugal. Ajudou a fundar o Teatro Villaret, e recebeu vários prémios pelo seu trabalho no teatro, para além de continuar a editar discos de humor.
No dia 24 de Maio de 1969 foi gravado o primeiro programa do “Zip-Zip”, no Teatro Villaret. A última emissão foi no dia 29 de Dezembro do mesmo ano. O programa da autoria de Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz foi um dos marcos desse ano. Todo o país ficava vidrado nas entrevistas e adoravam os momentos de humor, onde Solnado se destacava ainda mais. Na década de 70 volta ao Brasil, onde chegou a interpretar uns momentos de humor no mítico programa Fantástico, da Rede Globo. Por cá ajudou a criar o programa A Visita da Cornélia em 1977, que se tornou um dos maiores símbolos da RTP.
A cada década que se passava, o humorista parecia se reinvetar e em 1981 protagoniza o mega êxito de teatro “Há petróleo no Beato”, para além de conhecer sucesso na série “Lá em casa tudo bem”. Nos anos 90 aparece na novela Banqueira do Povo, enquanto que no virar do Século ajuda a fundar a Casa do Artista, que visa ajudar ex actores em necessidade. Faleceu a 8 de Agosto de 2009, vítima de problemas cardiovasculares, deixando um legado invejável no Teatro, cinema e televisão.