Um dos jogadores que marcou a década de 90 em Portugal, dando nas vistas no Boavista e Benfica pelo seu pontapé canhão, raça e técnica. Erwin Sánchez era um número 10 de classe, regressando agora como treinador ao Boavista, clube que lhe deu tantas alegrias.
Erwin Sánchez Freking nasceu a 19 de Outubro de 1969 em Santa Cruz, na Bolívia onde despontava como estrela da selecção e deu nas vistas o suficiente para ser contratado em 1990 pelo Benfica de Eriiksson. Juntamente com Isaías tentavam fazerr esquecer Diamantino e Chalana, lutando com Valdo, Pachheco e Paneira por um lugar no onze inicial dos encarnados.
Sagrou-se campeão na sua estreia, apesar de ter jogado apenas 8 jogos, mas acabou por ser emprestado ao Estoril, onde deu nas vistas e chamou a atenção do Major Valentim e de Manuel José, rumando assim para o “Boavistão”, onde ficou de 1992 a 1997, jogando ao lado de nomes como Marlon Brandão, Artur, Alfredo, Tavares e Jimmy entre outros.
Na primeira temporada não conseguiu tirar o lugar de Rui Casaca, mas na sua segunda época assumiu a titularidade e o papel de patrão do meio campo. Nem a vinda de Timofte lhe tirou o lugar, tinha uma técnica acima da média e volta e meia disparava com sucesso em direcção da baliza, tornando-se um adversário temível. Em 1997 vence a taça de Portugal, marcando um golo ao Benfica de Preud’Homme e Manuel José que decidiu chamar Sánchez e Nuno Gomes para a Luz.
Mas as coisas não correram bem e o treinador foi despedido pouco depois, fazendo com que o Boliviano passasse mal com os treinadores que se seguiram, já que Mário Wilson era muito defensivo e Souness o típico Britânico que não gosta do sangue latino e da irreverência Sul Americana.
Volta em 1998/99 para o Boavista de Jaime Pacheco,mas desta vez o Boliviano não tirou o lugar a Timofte, ajudando pouco no segundo lugar dos Panteras, que ficaram à frente do Benfica de Souness, fazendo com que ele volte ao clube da Luz, não convencendo o Alemão Heynckes que o coloca na equipa B, que alinhava na segunda divisão B. Em Janeiro essa injustiça é corrigida e Jaime Pacheco resgata ele para o Boavista, e juntamente com Rui Bento e Petit forma o meio campo que ajuda os axadrezados a serem campeões nacionais.
Na temporada seguinte fazem brilharete na Liga dos Campeões, ficando em segundo num grupo com Borussia Dortmund, Liverpool e Dínamo Kiev, com o Boliviano a dar um ar de sua graça. Continuou num bom nível até 2003 onde ajudou a equipa a chegar às meias finais da Taça Uefa, mas uma lesão no joelho fez com que tivesse que abandonar a carreira e tendo sido escolhido como o substituto de Jaime Pacheco no banco da equipa axadrezada.
Na selecção do seu país foi sempre figura de destaque, ganhando a alcunha de Platini e fazendo com que a Bolívia chegasse ao mundial de 94, e a algumas boas campanhas na Copa America.
Como treinador as coisas não correram bem, e foi para a sua terra Natal onde chegou a treinar a selecção principal. Recentemente regressou ao Bessa onde assumiu o lugar de treinador.