Recordar uma das franquias de Hollywood mais divertidas dos anos 80, os Academia de Polícia. Estes filmes mostram como se pode construir uma série de sucesso sem gastar muito dinheiro, apenas com um elenco divertido cheio de química, uma boa série de gags e um excelente antagonista.
O primeiro filme saiu em 1984, e mostrava aquilo que seria o conceito para os restantes 7, um grupo de pessoas sem muito a ver umas com as outras, a não ser o facto de serem párias da sociedade e que, por uma razão ou por outra, vão parar a uma Academia de Polícia. O elenco, liderado por Steve Guttenberg tornou-se o pilar principal da franquia, porque acabávamos por gostar de igual forma dos malucos que formavam esta Academia.
Na primeira película vemos como eles se reúnem, isto porque depois do mayor da cidade decidir que qualquer um podia ser polícia, todo o tipo de pessoa decide se inscrever na academia. No segundo, de 1985, eles vão ajudar o irmão do seu comandante, que se encontrava em dificuldades por causa de um gangue que aterrorizava aquela que já era uma das piores zonas da cidade. Os dois primeiros filmes tornam-se um sucesso de bilheteira, ultrapassando os 100 milhões de Dólares, tornando-se um enorme sucesso em Hollywood.
No terceiro Academia de Polícia (1986) vemos duas academias a competir pelos dinheiros do estado, sendo o último a apresentar Mauser como vilão, com o comandante Harris a voltar no quarto filme (1987), onde vemos algo semelhante ao primeiro, o facto de cidadãos comuns poderem se inscrever e fazer parte da polícia. O quinto filme, já sem Guttenberg, leva o grupo até Miami e antes de acabar a década de 80 tivemos um sexto Academia de polícia, com os nossos heróis a enfrentarem um génio criminoso. Depois só existiria uma nova película em 1994, com o grupo a ir até Moscovo.
Os 4 primeiros são aqueles que todos se recordam com saudade, isto apesar destes recorrerem quase sempre a um humor básico, com innuendos sexuais e comédia física à mistura. Mas era o elenco e a química entre todos que fazia o sucesso, recordemos então:
Guttenberg era Mahoney, um mulherengo irresponsável que adorava pregar partidas, ficando logo amigo de Larvell Jones, interpretado por Michael Winslow e que todos conheciam pelos seus dotes vocais capaz de imitar as coisas mais incríveis de se imitar.
Bubba Smith era Hightower, o negro calmeirão que assustava todos mas tinha coração de manteiga, David Graf era Tackleberry, o maluquinho das armas, Marione Ramsey personificava a calma de voz gentil Hooks e Leslie Easterbrook fazia de Callahan, uma loura alta que fazia todos ficarem a olhar para ela. Mais tarde juntaram-se Bobcat Goldwaith e Tim Kazurinsky que eram respectivamente Zed e Sweetchuck, oposto um do outro e que num dos filmes foram até antagonistas com um a ser um ladrão e o outro a vítima.
Para além disso tínhamos os vilões, com Proctor (brilhantemente personificado por Lance Kinsey) a ser o coitadinho pau mandado, que tanto apoiava o comandante Harris como o Mauser. G.W. Bailey foi Harris, de longe o melhor vilão da série, já que era mau e parvo, uma combinação imbatível, enquanto Art Metrano como Mauser era apenas um vilão sem alma.
O veterano George Gaynes era o comandante Lassard, um velhote simpático, ingénuo e muito distraído. Existiram outras personagens a ter algum destaque em alguns filmes, como o trapalhão Fackler, mas este era o grupo principal de personagens.
Logicamente que temos que falar também do bar Blue Oyster, um bar de gays que foi quase que um membro honorário da academia, pelas gargalhadas que causou e pela ajuda que dava a enganar e atrapalhar os outros. O sucesso desta franquia produzida por Paul Manslanksy era tanto que chegou a originar uma série televisiva e um desenho animados, ambos contando com a presença de Michael Winslow que se tornou o único membro a estar em todas as encarnações da academia.