Considerado por muitos o melhor futebolista de todos os tempos, Diego Maradona espalhou a sua magia pelos relvados nas décadas de 80 e 90, mas viu a sua carreira chegar ao fim antes do tempo devido a problemas com a droga. Quem o viu a jogar não esquecerá por certo os grandes momentos que nos proporcionou ao serviço da Argentina ou do Nápoles.
Diego Armando Maradona nasceu a 30 de Outubro de 1960, numa província de Buenos Aires, Argentina, estreando-se de forma profissional aos 16 anos de idade no Argentinos Júnior, clube onde ficou durante cinco anos antes de se transferir para o Boca Juniors em 1981, sagrando-se campeão no final da época e sendo depois transferido por um número recorde para o Barcelona.
No clube Catalão começou logo a mostrar toda a sua classe, especialmente a sua capacidade impressionante para o drible,vencendo a Taça do Rei e a Supertaça espanhola, enfrentando respectivamente o Real Madrid e o Atlético Madrid. No El Classico tornou-se o primeiro jogador do Barcelona a ser aplaudido de pé pelos fãs do Real no Santiago Bernabéu, em homenagem ao golo que marcara naquele estádio.
Era o verdadeiro nº 10, aliando a sua excelente visão de jogo a uma qualidade técnica acima da média e uma excelente capacidade de drible. A sua baixa estatura fazia com que aguentasse bem a pressão física dos outros jogadores, o que fazia com que avançasse sozinho para a baliza ou então que subisse até a grande área adversária para depois fazer passes mortíferos para os seus companheiros.

Algumas lesões impediram o jogador de fazer mais por Espanha, enquanto que o seu mau feitio contribuiu para que originasse situações insustentáveis. como a que aconteceu na final da taça do Rei contra o Athletic Bilbau, onde depois de ser ofendido pelos adeptos e alguns jogadores adversários, acabou por agredir alguns deles, iniciando uma batalha campal que nada dignificou o futebol.
Acabou transferido para o Nápoles de Itália em 1984, envolvendo mais uma verba recorde para a altura, sendo ainda hoje o único jogador a conseguir esse feito. Com uma equipa a ser construída com ele como pivot central, as esperanças dos adeptos eram imensas, especialmente porque se atravessava uma fase de conflitos entre o Sul e Norte do país.
Não foi por isso de estranhar os festejos que aconteceram quando El Pibe levou os napolitanos ao título de campeão, a primeira vez que uma equipa do sul atingia esse feito. Nos dois anos seguintes estiveram envolvidos na luta pelo primeiro lugar, acabando por terminar no segundo lugar e sagrando-se de novo campeões na temporada de 1989/90.
Maradona era o símbolo perfeito do que se desejava num nº10, qualidade técnica acima da média, excelente capacidade de passe e boa capacidade de drible. Adversários como Franco Baresi admitiram mais tarde que o Argentino foi o adversário mais complicado de enfrentar, um atestado da força imparável de el pibe.

Para além de continuar com o seu mau feitio, o jogador agravou a situação ficando cada vez mais dependente da droga, especialmente a cocaína. Apesar disso, tornou-se o melhor goleador de sempre do Nápoles e levando o clube aos melhores momentos da sua história, tanto a nível interno como na Europa onde conquistou uma Taça Uefa.
Caiu em desgraça com um castigo de 15 meses, saindo em desgraça para o Sevilha em 1992, ficando somente um ano antes de voltar para a Argentina para o Newell’s Old Boy e em 1995 voltou ao Boca Juniors, onde terminou uma carreira que andava já longe da glória de outros tempos.
Pela sua selecção foi o principal obreiro do Mundial de 1986, apesar de ter usado a infame mão de Deus nessa caminhada vitoriosa. Em 1990 uma lesão impediu-o de actuar ao seu melhor nível, ajudando mesmo assim o seu país a chegar a uma final onde perdeu por 1-0 diante da Alemanha. Jogou ainda no Mundial de 1994, onde chegou a marcar um golo, antes de ser enviado para casa depois de ter falhado num teste anti drogas.
Foi sem sombra de dúvidas um dos melhores de todos os tempos, e ficará para sempre na história do futebol.