Uma série de humor que deixou a sua marca na história da televisão, com um elenco fantástico e uma qualidade acima da média que esteve no ar por mais de uma década. Cheers aquele bar passou por cá na RTP, onde podíamos apreciar as tropelias que aconteciam no bar gerido por Sam Malone.
Criada em 1982 por James Burrows, Glen Charles e Les Charles, Cheers teve 11 temporadas e esteve no horário nobre da NBC até 1993. Ambientada em Boston, apresentava-nos um bar gerido por um alcoólico em recuperação chamado Sam Malone, interpretado por Ted Danson.
Sam era um ex jogador de baseball bastante mulherengo, que ficou com o bar onde tem como ajudantes o seu antigo treinador, Ernie Pantuso (Nicholas Colasanto), um velhote castiço e bastante ingénuo, e a desbocada Carla Tortelli (Rhea Perlman), uma empregada que não tem receio de dizer o que pensa. Shelley Long dá vida a Diane Chambers, uma mulher inteligente e sofisticada que depois de abandonada no bar, aceita a proposta de Sam para que comece ali a trabalhar. Os dois vivem uma relação conturbada, e ela acaba por se mudar para outra cidade a dada altura.
Na clientela do bar há dois regulares que conquistam rapidamente o público, o Norm Peterson (George Wendt) um contabilista que prefere estar ali a beber cervejas do que ir para perto da sua mulher, e Cliff Clavin (John Ratzenberger), um carteiro sabichão que dá muitas argoladas e incomda quase sempre os outros clientes com as suas teorias. Mais para a frente surge Frasier Crane (Kelsey Grammer) um psiquiatra que acaba por se tornar também namorado de Diane.
Com a morte do actor que dava vida a Coach, este é substituído por um rapaz ingénuo de uma terrinha, chamado Woody e interpretado por um jovem Woody Harrelson. No caso de Shelley Long, foram problemas entre ela e a produção que fizeram com que fosse substituída por Kirstie Alley, que dava vida a Rebecca Howe que ficou como gerente do bar a pedido do Sam.
Filmada com várias cameras, a sitcom dependia muito da química entre o elenco e a qualidade dos diálogos, com a série a manter uma qualidade acima da média ao longo dos anos. Recebeu vários Emmys e Globos de Ouro e originou a série Frasier, que teve também bastante sucesso.
Sempre achei alguma piada ao programa, mas só anos mais tarde pude apreciar todos os pormenores que mostravam toda a sua qualidade. Gostava das teorias de Cliff, das respostas de Norm e das atitudes de Coach e Woody a tudo ao seu redor. Uma série que deixa saudades.
1 Comment
Série soberba, de facto. Muita qualidade e humor não linear e com muitas referências inteligentes e/ou culturais. É curioso que, apesar de referirem, não tenham feito ainda um artigo para Frasier, essa sim, o zénite das séries Sitcom, que elevou a fasquia a um ponto para não mais ser atingida. A par com "sim, sr ministro" no Olimpo das séries de comédia.