A Rodoviária Nacional faz parte das minhas memórias de adolescente, já que tinha que apanhar dois autocarros para ir para a escola (o 408 e o 404) e assim passava muito tempo do ano lectivo dentro deles. As “lagartas” eram as nossas preferidas, para no meio podermos brincar nas curvas.
A Rodoviária Nacional nasceu em 1975, resultando da nacionalização dos maiores operadores no país, tornando-se a empresa pública de autocarros em Portugal. O critério usado para nacionalizar foi o tamanho da frota: mais de 100 veículos, sendo nacionalizadas ao todo 94 empresas rodoviárias. A RN iniciou a sua actividade efectiva a 1 de Junho de 1976, tendo até esta data sido gerida por uma Comissão Instaladora.
Existiam diversas frotas de autocarro, sendo que na minha zona eram os Volvo, e em Alvide existia uma oficina deles e tudo. Noutras zonas funcionavam AEC e Leyland. Os serviços foram organizados em nove Centros de Exploração de Passageiros (CEPs) de acordo com as diferentes regiões (e operadores nacionalizados) em que a Rodoviária Nacional passou a operar.
Em 1979, o CEP 10 foi criado para gerir as ligações entre Lisboa e na maioria das cidades do país (semelhante à actual Rede Expressos), bem como os corredores de Torres Vedras e Vila Franca de Xira, os dois últimos pertencentes à CEP 6, mas igualmente veículos dos CEPs 4 e 5, que geriam corredores no norte de Sintra e Mafra e no norte de Torres Vedras embora parcialmente, visto que ainda permaneceu após as fases seguintes da Rodoviária Nacional.
Em 1994, é a vez da Rodoviária da Estremadura se tornar também propriedade da Barraqueiro. A 10 de Janeiro de 1995, a Rodoviária do Sul do Tejo é vendida à Joaquim Jerónimo (45%), administradores (45%) e Covas e Filhos (10%). A 15 de Maio, dá-se por fim a privatização da Rodoviária de Lisboa, SA. É adquirida igualmente pelo Grupo Barraqueiro, associado ao grupo escocês Stagecoach e à Vimeca. A RL divide-se em 3: a Vimeca fica com a zona ocidental e corredor da Amadora/Queluz; a Stagecoach fica com a área de Cascais e Sintra, vendendo posteriormente a frota de alugueres, ficando a Rodoviária de Lisboa, parte do grupo Barraqueiro, a explorar os corredores de Odivelas/Loures, Bucelas e Vila Franca de Xira.
(parte do texto mais técnico e informativo retirado da wikipedia)