Estes pequenos cartoons fazem parte da memória de todos nós, e apesar de existirem desde a década de 60, foi mais uma daquelas coisas que atingiu outras proporções nos anos 70/80. Amar é chegou a ter vários livros, e até uma caderneta, publicados pela Editora Abril, que ajudaram a popularizar estes dois meninos no Brasil e em Portugal.
O nome original do cartoon é Love is..,, sendo que ficou como Amar é.. no Brasil e em Portugal, que penso que não chegou a ter edição nenhuma nacional, mas sim as importadas do nosso país irmão. A cartoonista Kim Casali deixava pequenas notas de amor ao seu marido, que decidiu depois compilar e publicar no final dos anos 60. Primeiramente em pequenos panfletos, e mais tarde na forma de tira de jornal.
O cartoon tem sempre só uma imagem, de um casal completamente nu, numa qualquer situação amorosa que será retratada numa frase no canto inferior direito, completando o “Amar é,..” da parte superior direita dessa mesma imagem. O homem tem o cabelo preto, e a mulher o cabelo louro, e é isso (em conjunto com algumas expressões faciais) que ajuda a distinguir os dois, já que apesar de estarem nus, não existem orgãos genitais, e todo o desenho apresenta sempre tudo de uma forma simples, ingénua e amorosa.
Começou a ser publicada em diversos jornais, mas o sucesso veio em 1972, quando decidiram aproveitar a boleia do filme Love Story, e aproveitando uma das frases do filme, publicam um cartoon que faz com que isto se torne uma febre mundial. No auge da popularidade, com todo o tipo de merchandising envolvido, o casal chegava a ganhar mais de 5 milhões de Libras por ano.
Pouco tempo depois, o marido de Kim descobre que tem cancro, e a autora decide parar com a produção do desenho, autorizando o cartoonista britânico Bill Asprey a tomar conta do cartoon, e assim é desde 1975. Nos anos 80 a editora Abril lançou alguns livros ilustrados, que compilavam vários cartoons, e até uma caderneta, fazendo com que estes desenhos ficassem conhecidos e populares para toda uma nova geração.