Foi um dos meus jogadores preferidos, e um dos maiores nomes do Ténis de todos os tempos. Tem o recorde de mais tempo com nº1 da modalidade, de 1993 a 1998, e foi o primeiro jogador a conseguir 14 títulos de Grand Slam. Pete Sampras era respeitado dentro e fora dos courts, e apesar de não primar pela espectacularidade, tinha um estilo de jogo eficaz e demolidor.
Petros “Pete” Sampras nasceu a 12 de Agosto de 1971, em Washington, filho de emigrantes Gregos, começando desde os 3 anos a demonstrar grande apetência pelo desporto, ficando horas a jogar com uma raquete e uma bola de ténis, usando uma parede da casa para treinar. Quando a sua família se mudou para a Califórnia em 1978, o jovem teve assim uma oportunidade de ouro, dando nas vistas num clube e sendo treinado por Peter Fischer, que ajudou a que se especializasse no serviço e nos vóleis.
Em 1998, com apenas 16 anos, tornou-se profissional, conseguindo subir da 893ª posição até à 97ª em apenas um ano, enquanto que no ano seguinte conseguiu chegar ao 81º lugar. A sua subida na tabela disparou no começo da década de 90, onde subiu até ao 5º lugar, derrotando em alguns torneios nomes como John McEnroe, ou André Agassi, com quem iria ter uma rivalidade bastante interessante. Foi contra Agassi que venceu o primeiro torneio do Grand Slam, conquistando o US Open e arrancando assim para uma carreira cheia de títulos.
Mostrando sempre ser muito melhor nas superfícies rápidas, como Wimbledon ou Estados Unidos, demonstrava realmente alguma dificuldade nos torneios de terra batida, nunca conseguindo grandes resultados nesses jogos. Curiosamente chegou a número um do ranking sem vencer nenhum grande torneio, o que causou alguma polémica, mas o jogador fez questão de chegar ao final de 1993 com uma grande vitória, que justificasse assim a sua posição. E isso assim aconteceu, vencendo Wimbledon e alcançando a segunda vitória nos Estados Unidos, enquanto que no ano seguinte defendeu o seu título com sucesso em Inglaterra.
Em 1995, começou a dar nas vistas os seus duelos com Agassi, com este a ser a sua principal concorrência para o lugar de número 1. O duelo era disputado dentro e fora dos courts, Sampras era uma pessoa calma, afável, bem vestido e bem comportado, enquanto que Agassi gostava de manter a sua imagem de rebelde, com seus cabelos compridos, calções de ganga e ténis All Star. Dentro de campo também havia muita diferença, com o jogo de Agassi a ser mais movimentado e espectacular, enquanto que o de Sampras era sóbrio e meticuloso.
Em 1996 conseguiu chegar à meia final de Roland Garros, um dos seus melhores esforços em terra batida, e até ao final da década manteve o seu primeiro lugar no ranking, devido aos jogos que fazia, e ás finais que ganhava, em superfícies rápidas, mas começou a titubear em 1999, com concorrência de nomes como Agassi e o Chileno Marcelo Rios.
Sampras começou a peder fulgor no virar do Século, fazendo valer os dotes que tinha no serviço (sempre de exímia qualidade) e nos seus vóleis precisos e eficazes. Até se reformar em 2002, venceu ainda torneios em Wimbledon e Estados Unidos, conseguindo os impressionantes números de 7 vitórias no torneio Britânico e 5 no da América do Norte. juntando ainda 2 vitórias no da Austrália.
Chegou a participar nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, não indo muito longe, já que esses jogos foram em terra batida, e venceu duas Taças Davis em 92 e 95. Venceu 64 torneios de nível, e conseguiu ficar no primeiro lugar por 286 semanas, tendo em conjunto com Federer o maior número de vitórias em Wimbledon, e com Connors e Federer o maior número de conquistas nos Estados Unidos.
Gostava de o ver a jogar, e cheguei a ter o seu jogo para o Mega Drive, e tive alguma pena de o ver desaparecer, quando ainda tinha tanto para dar ao desporto.