Um dos principais nomes do Sporting da década de 90, Ivaylo Yordanov (a dada altura Iordanov), chegou inclusive a ser capitão do clube, deixando a sua marca na história do clube. Jogador de raça, chegou a jogar até como defesa central, dando sempre tudo de si dentro de campo.
Ivaylo Stoimenov Yordanov nasceu a 22 de Abril de 1968, na Bulgária, começando a jogar num clube da sua terra aos 14 anos, tendo chamado a atenção do Lokomotiv GO, para onde se transferiu em 1989. Avançado possante, começou a marcar golos e a ser convocado para a selecção do seu país, tendo sido inclusive o melhor marcador do campeonato nacional.
Foi então contratado por Sousa Cintra, juntamente com Guentchev, na temporada de 1991/92, e foi marcando alguns golos, tendo começado a ser titular mais vezes durante o reinado de Carlos Queirós. A sua abnegação e profissionalismo dentro de campo, fizeram com que se tornasse um favorito dos adeptos, sabendo que com ele no relvado, o nome do clube seria honrado.
Na selecção acontecia o mesmo que em Alvalade, nem sempre era titular, mas sempre que entrava dava tudo de si, e assim como aconteceu no clube, também ali chegou a jogar como defesa central, no mundial de 1994 após lesão de Ivanov. ajudando assim à excelente campanha do seu país nessa competição.
Teve na final da taça de 1995, um dos seus melhores momentos de leão ao peito, marcando os dois golos da vitória sobre o Marítimo, e ajudando assim a terminar um jejum de títulos nacionais que grassava há algum tempo no clube.
Algumas lesões, e a descoberta de Esclerose múltipla em 1997, fez com que tivesse algumas épocas alguns furos abaixo, mas continuava a ser um dos mais queridos entre os adeptos e a marcar alguns golos importantes. A prova de que era um jogador de grande raça e entrega, veio na temporada seguinte à descoberta da sua doença, onde marcou 13 golos e tornou-se parte da história do clube, ao ser eleito capitão, um dos poucos estrangeiros a merecer essa honra.
Na temporada de 1999/00, fez apenas 15 jogos, mas conseguiu dar o seu contributo para o tão almejado campeonato nacional, que nos fugia há já 18 anos, ficando para sempre na memória de todos, os festejos dele em cima do leão da estátua do Marquês de Pombal, onde colocou o cachecol do Sporting.
Foi distinguido com o prémio Stromp em 1998, e quando abandonou a carreira em 2001, fez parte das equipas técnicas do Sporting, pedindo sempre ao clube para lhe ajudar a organizar um jogo de despedida. Algo que deu azo a alguns problemas, e levou a ambos os lados a uma penosa discussão judicial, com os tribunais a darem razão ao jogar e em 2010 ter sido então organizada uma partida em sua homenagem.
O mesmo soube sempre distinguir o clube dos seus dirigentes, tendo proferido a frase “Apoiem sempre o Sporting. Viva o Sporting”