É sem sombra de dúvida uma das personagens que todos reconhecem facilmente, Speedy Gonzalez fez a delícia de miúdos e graúdos e tenho boas memórias de ver isto com a minha avó, que adorava quando ele começava “andale andale arriba arriba”.
Speedy Gonzalez foi criado por Robert McKinson em 1953, aparecendo num cartoon em que era apenas uma personagem secundária, com um aspecto um pouco diferente daquele com que iria aparecer dois anos mais tarde. Em 1995 apareceu a versão de Friz Freleng, numa curta que venceu um Óscar e que nos mostrava o rato mais rápido do mundo, um mexicano equipado a rigor, com um grande sombrero amarelo, umas calças e uma t-shirt da mesma cor (brancos). e um pequeno lenço vermelho ao pescoço.
Freleng fez aquilo que era comum na altura, deu-lhe um rival, usando para isso o gato Sylvester, que tinha assim mais um animal para apanhar, e que resultava quase sempre em algo que iria acabar mal para ele.
O grande Mel Blanc fez a voz dele até 1986, e nos desenhos animados dos anos 90, foi Joe Alaskey a dar vida a este pequeno herói. Desde então são diversos os actores a assumirem este papel, e também têm sido poucos os desenhos que envolvam esta personagem, um pouco vítima do politicamente correcto, e devido ao receio de haver reclamações em relação aos estereótipos que ele representava.
Mas na verdade a comunidade hispânica adora-o, e chegou a fazer um baixo assinado para que o Cartoon Network desse os desenhos com ele, na altura que o canal assegurou os direitos dos Looney Tunes. Em 1962 chegou a existir uma música chamada Speedy Gonzalez, do cantor Pat Boone, que usava excertos da voz de Mel Blanc e teve um grande sucesso.
Por cá a RTP dava esporadicamente os desenhos onde aparecia o pequeno Speedy, e nos anos 80 e 90, aparecia regularmente ou a seguir ao Telejornal, ou antes do mítico Lotação Esgotada. Quem era fã?