Foi um dos melhores futebolistas da década de 90, um mago com a bola e um dos poucos a jogar tanto no Real Madrid como no Barcelona. Conhecido como o Maradona dos Cárpatos, Hagi foi um dos últimos números 10 do futebol, sendo um dos jogadores com melhor drible, técnica, visão de jogo e até instinto finalizador da sua geração.
Gheroghe Hagi nasceu a 5 de Fevereiro de 1965 na Roménia, onde começou a sua carreira de futebolista no clube da sua terra, chamando a atenção do Steaua de Bucareste, para onde foi jogar na temporada de 1987, e onde ficou até 1990. No Steaua venceu o campeonato e taça da Roménia, e chegou à meia final da Taça dos Campeões num desses anos, e à final no ano seguinte. Tornou-se um dos melhores marcadores da competição e também do seu país, sendo por isso normal que chamasse a atenção de colossos europeus, como o Milão ou o Bayern. Mas o regime comunista do seu pais impediu a sua saída, e isso só veio a acontecer na década de 90, quando assinou pelo Real Madrid.
Foi logo após o Mundial de futebol, e o Maradona dos Cárpatos (como era chamado) juntou-se a uma equipa que tinha nomes como Butragueno, Hugo Sanchéz ou Hierro. Não conseguiu ser campeão pelos Madrilenos, ficando atrás do Barcelona nas duas temporadas (uma delas só por um ponto), chegou às meias finais da Taça Uefa (onde perdeu com o Torino) e chegou à final da Taça do Rei, onde perdeu (no Santiago Bernabéu), contra os rivais do Atlético.
Foi então para os italianos do Brescia, descendo para a série B na sua estreia e ajudando a sua equipa a vencer essa segunda divisão e a subir logo na temporada seguinte. Nesse ano de 1994, Hagi ajudou a Roménia a alcançar o seu melhor resultado num mundial de futebol, chamando assim a atenção do Barcelona que o foi contratar e chamar para Camp Nou.

No Barça jogou com nomes como Figo, Guardiola ou Prosinecki, mas não conseguiu ser campeão, vendo o título ir para o Atlético e para o Real Madrid. Foi então transferido para o Galatasaray em 1996, onde jogou até 2001, altura em que terminou a sua carreira e deixou saudades como um dos melhores jogadores de sempre a jogar na Turquia.
Por lá venceu 4 campeonatos, umas tantas taças e uma Taça Uefa. Enriquecendo o palmarés de um jogador que espalhava magia pelo relvado, com a sua forma de estar, a sua visão de jogo, a sua técnica e drible, conseguindo fazer passes que davam golos certos e ele próprio marcando muitos golos.
Enveredou pela carreira de treinador, onde treinou equipas como o Galatasaray ou o Steaua, mas nunca ao mesmo nível da sua carreira como futebolista.