Apesar de não ter sido um jogador brilhante, Secretário era titular indiscutível no FC Porto, o dono do lugar na selecção portuguesa, e logrou até conseguir jogar no Real Madrid. Por isso, recordo aqui hoje a carreira desta figura do futebol dos anos 90.
Carlos Alberto de Oliveira Secretário nasceu a 12 de Maio de 1970, em São João da Madeira, no Porto, começando a sua carreira futebolística nas camadas jovens do Sanjoanense. sendo contratado pelo Sporting, onde ficou somente uma temporada, rumando depois para os juniores do FC Porto.
Jogava na ala direita, no meio campo, começando a jogar profissionalmente pelo Gil Vicente, na 2ª divisão, na temporada de 1988/89, emprestado pelos Dragões, algo que aconteceu de novo nas duas temporadas seguintes, desta feita ao FC Penafiel. Jogou ainda pelo Famalicão e pelo SC Braga, antes de ter direito a uma oportunidade nas Antas, no verão de 1993.
A razão era simples, ia começar a ser treinado para ser o substituto do mítico João Pinto, assumindo assim a posição de defesa direito. Não era dono de uma grande técnica, nem capacidade de passe, mas compensava com a sua entrega em campo e apesar dos pesares, foi dono e senhor desse lugar durante três temporadas, acontecendo o mesmo na selecção portuguesa, onde tirava o lugar a outros jogadores, como Nélson, que tinham nitidamente mais qualidade.
Apesar disto tudo, Pinto da Costa conseguiu um dos melhores negócios dos azuis e brancos, vendendo o lateral ao Real Madrid por 300 mil contos, mas o jogador não foi feliz por Espanha, tendo efectuado apenas 13 jogos, e saindo de lá depois de uma temporada apenas, onde conseguiu mesmo assim ser campeão pelos espanhóis.
Voltou ao Porto, onde já tinha vencido campeonato, taça de Portugal e Supertaça, e fez parte do plantel portista que venceu a Taça Uefa e a Liga dos Campeões, mesmo que nessa altura fosse o suplente de Paulo Ferreira. Jogou pelos dragões de 1997 a 2004, vencendo 4 campeonatos, 4 taças Portugal, 2 supertaças e uma Taça uefa, acabando a sua carreira no Maia, onde começou também a de treinador.
Pela selecção foi uma presença constante no lado direito da defesa, sendo convocado para os Europeus de 96 e 2000. Não era fã do jogador, especialmente por tapar o lugar da selecção a Nélson, mas fiquei fã do passe que fez para Acosta num derby contra o Sporting.
