Em 1996 a SIC decide investir num programa de verão, e assim apareceu o Cantigas da Rua. Esteve três anos no ar, percorrendo o nosso país e permitindo que desconhecidos subissem ao palco, e mostrassem os seus dotes vocais.
Na segunda metade da década de 90, os bares de karaoke estavam na moda, e a SIC decide capitalizar isso, lançando um programa que se tratava na verdade de deixar desconhecidos fazerem karaoke, à frente de centenas de pessoas.
Miguel Ângelo, o conhecido vocalista dos Delfins, foi o escolhido para apresentar, algo que fazia lógica, quer pela sua posição no mundo da música, quer pelo facto de que os Delfins estavam também em grande, e aproveitava-se assim a popularidade do apresentador.
Esteve no ar até 1999, num total de 48 programas, que tinham cerca de uma hora de duração. Era apresentado em horário nobre, e percorria o país todo, sendo apresentado nas praças de vilas e cidades bem conhecidas, com centenas de pessoas a aparecerem e tornarem aquilo numa espécie de concerto de desconhecidos.
No programa, os concorrentes iam subindo ao palco para cantar a sua música, a parte diferente consistia no facto de que eram sempre três a partilhar uma canção, que era assim dividida em 3 partes. Isso chegou a originar algumas situações caricatas, como aqueles que se recusavam a passar o microfone ao outro, chegando a ter que sofrer a intervenção por parte do apresentador, ou então quando esta acabava, tentavam continuar a cantar e assim ficar mais um tempo em palco.
Por ali passaram nomes, na altura desconhecidos, como Luciana Abreu e Fernando Rocha, e como em todos os programas musicais daquele tempo, existiam sempre algumas músicas a serem repetidas de semana a semana (ou os mesmos artistas).
Quando Miguel Ângelo abandonou o programa, foi José Figueiras o eleito, tendo cumprido muito bem o seu papel e mantendo o mesmo estilo de apresentação que algo deste género necessitava.