Foi um dos maiores sucessos do começo da SIC, um programa onde víamos duas pessoas a discutirem sobre quem teria razão na disputa que tinham.
Transmitido entre 1994 e 2001, o Juiz Decide era um sucesso de audiências, sendo emitido pela SIC ao final da tarde, a seguir a outro campeão de audiências, o Praça Pública. Como era comum no começo deste canal, este era mais um programa populista, que apelava ao sensacionalismo e à sede que todos têm de saber o que se passa com os outros.
Eduarda Maio era a apresentadora de serviço, fazia a introdução e punha-nos a par do que ia acontecer por ali. Tinha sempre público na sala de audiências, e Eduarda tinha ainda a ajuda de um rapaz e de uma rapariga (a dada altura uma jovem Liliana Campos e José Carlos Pinheiro), que lhe davam a conhecer o que cada um dos arguidos reclamava. Lembro-me também de que Ana Marques chegou a apresentar isto, não me recordo se no final ou se no começo.
Aparecia ali de tudo, problemas entre senhorios e inquilinos, divórcios, partilhas, problemas entre vizinhos, tudo o que possamos imaginar passou por aquele programa. No começo existia aquela dúvida, que era potenciada pelo canal, de que aquilo era tudo real, mas o mais provável era que tudo era encenado.
Existiram dois juízes, o primeiro era mais austero e sério, de cabelo grisalho, e o outro, moreno e meio calvo, era um pouco mais afável. Só sei o nome de um deles, Ricardo Velha.