Todos se lembram de ‘Allo ‘Allo, e mais importante, todos gostam de ‘Allo ‘Allo. Uma série com a qualidade da BBC, com frases que ainda hoje estão na memória de todos.
‘Allo ‘Allo foi criada por Jeremy Lloyd e David Croft, que souberam tratar de um assunto tão sério como a Segunda Guerra Mundial, com um humor que cativava tudo e todos. Transmitida pela BBC entre 1982 e 1992, a série tornou-se um êxito em todos os países onde era passada, tendo tido 85 episódios e 9 temporadas.
Portugal não foi excepção, com o programa a ser transmitido pela RTP por diversas vezes ao longo destas décadas, quase sempre em horário nobre, nos seus diversos canais, o primeiro, o segundo e mais recentemente na RTP Memória. Era um daqueles programas que unia a família em redor do televisor, já que agradava aos mais velhos e aos mais novos. Humor britânico no seu melhor.
A série teve direito a uma peça de teatro, também ela de sucesso, que chegou a ser encenada por cá já em pleno Século XXI, com João Didelet no papel principal, e foi rir do começo ao fim. A qualidade do texto conquista diversas gerações. e esse é um dos segredos por ainda hoje ter tanto sucesso.
O excelente elenco que dava vida aos textos, era parte integral deste sucesso, com as suas personagens a ficarem para sempre na nossa memória, juntamente com algumas frases memoráveis. Todos sabíamos quando Michelle (Kirsten Cooke), da Resistência Francesa, ia começar a falar, com o seu “Listen very carefully, I shall say zis only once“, ou que quando o Leclerc (Jack Haig) aparecia disfarçado, diria “It is i, Leclerc“.
Curiosamente foram 3 actores a dar vida a Leclerc, quando Haig faleceu, trocou-se por um irmão com o mesmo nome, mas esse actor saiu depois de uma só temporada. Mas a pior substituição foi a da criada Maria (Francesca Gonshaw) por outra chamada Mimi (Sue Hodge), para desgosto dos jovens rapazes que viam a série.
Quase todas as personagens femininas tinham uma paixoneta por René (Gordon Kaye), um herói relutante, cobarde e egoísta, que não era nenhum adónis, mas tinha sempre uma mulher bonita nos seus braços, para desgosto da sua mulher Edith (Carmen Silvera). Acabou por ficar com a sua criada Yvette (Vicki Michelle), que sempre suspirou pelos seus abraços apertados.
O café era como uma personagem da série, era lá que se desenrolava muitas das cenas, onde se escondia o mítico quadro da Madonna das maminhas grandes, se escutava as cantorias desafinadas de Edith, onde ríamos com a entrada esbaforida do polícia que não sabia falar francês e onde os dois aviadores ingleses se escondiam, no quarto da mãe de Edith. Também era por lá que encontrávamos os inimigos, os alemães invasores (e mais tarde um italiano também).
O coronel Kurt Von Strohm (Richard Manner) e o capitão Hans Geering (Sam Kelly) eram um par bastante divertido, que apenas queriam fazer algum dinheiro extra para a reforma, e tinham que ter cuidado para que o temível oficial da Gestapo Herr Otto Flick (Richard Gibson) não descobrisse nada.
Eram ajudados pela secretária Helga (Kim Hartman), e por vezes pelo tenente Hubert Gruber (Guy Siner) que tinha ele também um fraco por René. Uma típica série britânica, com poucos episódios por temporada, algo que mudou quando começaram a ser transmitidos pelos Estados Unidos, fazendo-se mais episódios do que o habitual. Paul Adam entrou para o lugar de Croft nas três últimas temporadas.
Quem mais era fã desta série?
2 Comments
Vi há tempo a série e adorei
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