Um dos melhores da sua geração, Rivaldo brilhou tanto no meio campo como no ataque, ficando conhecido pelos seus golos de belo efeito e técnica acima da média.
Rivaldo Vítor Borba Ferreira nasceu a 19 de Abril de 1972, no Recife, Brasil, e passou uma infância complicada, nas favelas da cidade, e assinou pelo Paulistano Futebol Clube aos 16 anos, isto apesar de o acharem fisicamente fraco para competir profissionalmente. Como muitos futebolistas canhotos, dava nas vista pela sua técnica dentro de campo, e começou a crescer a nível futebolístico, tendo passado por diversos clubes no começo da década de 90, até assinar pelo Corinthians da primeira divisão em 1993.
No ano seguinte foi contratado pelo Palmeiras, onde venceu os seus primeiros títulos, com a equipe e individualmente, tendo sido considerado o melhor jogador na sua posição. Numa melhor condição física, longe das dificuldades da infância, podia assim mostrar tudo o que valia em campo, e a sua qualidade técnica fazia o resto.
Começou a ser chamado regularmente à selecção, e figurou na equipe olímpica de 1996, numa altura em que já jogava num campeonato europeu, no Deportivo da Corunha. Ajudou o clube a ficar num excelente terceiro lugar, e ficou no top 5 dos melhores marcadores da La Liga.
Mais uma vez mudou de clube, mudando-se para o Barcelona. Nas suas duas primeiras temporadas, venceu dois campeonatos, ficando no segundo lugar dos melhores marcadores, algo que aconteceria de novo em 2001. Em grande forma, Rivaldo alternava entre extremo e nº 10, marcando sempre muitos golos, e alguns de grande nível. No campeonato do mundo de 1998 fez parte de um Brasil em grande forma, que cedeu apenas na final, e com os títulos que vencia em camp nou, não foi de estranhar que vencesse a Bola de Ouro em 99, sendo considerado também o melhor jogador na Copa América (onde foi o melhor marcador), o melhor pela Onze d’or e pela FIFA e foi ainda o melhor marcador na champions.
Continuava a assinar grandes exibições, como num jogo contra o Valência, onde o Barça vence por 3-2 com um hat-trick dele, tendo um sido marcado de pontapé de bicicleta e outro num excelente livre directo. Com 130 golos, já era um dos símbolos de Camp nou, tendo deixado o clube por discussões que tinha com o treinador Van Gaal. Assinou pelo Milão, clube onde venceu a Liga dos Campeões, mas não teve muita sorte, acabando por ir para a Grécia em 2004.
Mostrando que ainda tinha muito para dar ao futebol, depois de ter ajudado o Brasil a ser campeão do Mundo em 2002, no Olympiacos voltou a dar nas vistas com belos golos e grandes exibições. Foi tri campeão grego, com alguns desses campeonatos a serem vencidos graças a golos seus, e escrevendo assim mais uma página no seu já fantástico historial. Ainda jogou pelo AEK, antes de mudar de novo para outro país e onde iria de novo ser campeão.
Voltou depois ao Brasil, onde alinhou pelo Mogi Mirim e São Paulo, e quando se pensava que estava já a queimar os últimos cartuchos, ele marcava golo atrás de golos,e com quase 40 anos voltou ao Uzbequistão, onde foi tri campeão novamente. Pela selecção ficou na história como parte do ataque do campeonato do mundo de 2002, com os três R a serem formados por Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo.
Ainda hoje está no top 10 dos melhores marcadores da selecção e do Barcelona, com alguns dos melhores golos da história do clube a terem sido apontados por si. Eu gostei bastante de o ver jogar, especialmente pela sua capacidade de drible e técnica, fazendo grandes exibições dentro de campo. Os seus livres eram fantásticos, quase sempre em arco, e marcava regularmente de pontapé de bicicleta, jogando a grande nível como extremo, segundo avançado ou nº 10.
Continua como Presidente do Mogi Mirim, clube onde deu alguns dos seus primeiros passos no mundo do futebol.