Quando a série Murphy Brown foi transmitida pela primeira vez na RTP, no final da década de 80, eu não entendia todo o seu potencial, achava piada a algumas coisas mas não conseguia compreender o conteúdo político e a crítica mordaz nela presente.
Durou uma década, de 1988 a 1998, num total de 247 episódios em 10 temporadas de sucesso, sendo que em 1992 chegou a fazer parte do discurso político do vice Presidente dos Estados Unidos, Dan Quayle, intrometendo-se assim numa storyline da série que acabou por ganhar outras proporções.
Candice Bergen era a protagonista, interpretando uma ex-alcoólica quarentona com um feitio complicado e irascível, que a coloca em situações complicadas. Murphy era uma entrevistadora dura mas competente, e o seu temperamento provocava situações hilariantes com o seu chefe, e com um número sem fim de secretários/as que colocavam a trabalhar com ela.
No começo vemos ela a sair de um período de recuperação na clínica Betty Ford, e a voltar ao trabalho onde encontra 2 caras novas, Miles Silverberg (Grant Shaud), um jovem de 25 anos que era ingénuo e neurótico apesar de bastante inteligente, tornando-se assim responsável pela redacção, e Corky Sherwood (Faith Ford), uma ex-Miss America que tem umas origens simples, e irá acompanhar Murphy como entrevistadora.
Os outros membros da equipa do FYI são: um veterano pivot, Jim Dial (Charles Kimbrough), que é de uma outra geração e apresenta as notícias de uma forma sóbria, e que adora recordar-se dos outros tempos do jornalismo, e o repórter de investigação Frank Fontana (Joe Regalibuto) que é o melhor amigo de Murph (é assim que ele a trata) e que apesar de ser um repórter destemido, tem bastantes inseguranças, em especial nas relações amorosas.
A acção passava-se normalmente entre a redacção e a casa de Murphy, ocasionalmente era mostrado a transmissão do programa noticioso, e fora disso mostravam o grupo a conviver amigavelmente num bar. O dono era como se fosse um membro da equipa, e gostava da Murphy como se de um filho se tratasse. Falar em filho, é falar na storyline que levou a série a ser falada pelo vice-presidente dos Estados Unidos, aquela em que Murphy decide ser uma mãe solteira.
Como no discurso do político nunca foram usadas palavras que referissem ele falar de uma série de TV, os produtores conseguiam usar imagens desse discurso num episódio onde ela e a equipa falam como um mãe solteira também tem direitos a criar uma criança, respondendo dessa forma ao discurso. Quando Candice ganhou um Emmy, agradeceu a Dan Quayle, pela ajuda que deu à série a implementar-se na cultura Norte-Americana.
Gostava bastante da relação entre o elenco, as discussões constantes entre Murph e Frank e os ataques neuróticos de Miles eram bastante divertidos, e as maluquices do pintor contratado pela Murphy para pintar a sua casa também provocavam situações bastante engraçadas.
2 Comments
Olá , estou acompanhando este site e estou adorando seus artigos são muito bons mesmo parabéns.
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Lembro-me perfeitamente, ainda que não fosse das minhas séries de eleição. Deu em que ano mesmo? ��