Um clássico das idas ao video clube no final dos anos 80, uma série de filmes com um tipo de humor muito peculiar.
Ainda sou do tempo em que ir alugar um filme era uma aventura, por vezes trazia-se uma cassete VHS com algo que não conhecíamos, nem percebíamos bem do que se tratava, mas acabávamos por nos divertir bastante com essa escolha. Os filmes do João Broncas são um bom exemplo disso, umas comédias que fizeram as delícias das crianças e adultos na década de 80.
Alvaro Vitali nasceu a 3 de Fevereiro de 1950, trabalhou como electricista durante anos, até ter participado em alguns filmes do Fellini, que era conhecido por dar assim oportunidades a desconhecidos. Começou a dar nas vistas com as suas expressões faciais de teor cómico, e na década de 70 criou a personagem Pierino, começando a entrar em filmes que eram um sucesso de bilheteira em Itália.
Nos anos 80 esses filmes começaram a fazer sucesso nas fitas em VHS um pouco por toda a Europa, com especial destaque para Portugal e Espanha, que adoraram os filmes deste pequeno actor que sabia como poucos fazer-nos rir às gargalhadas.
Em Portugal recebeu o nome sugestivo de João Broncas, para combinar com o tipo de filmes que ele protagonizava, onde interpretava sempre personagens em idade colegial (apesar de já ter alguma idade) que se metia em bastantes encrencas.
O humor era básico, assentava muito nas expressões faciais de Vitali e depois descambava para trocadilhos sexuais (muitas vezes acompanhado por meninas semi-nuas ou em trajes menores) e/ou humor físico, com muita pancada e peidos à mistura.
Ria-me muito com estes filmes, que faziam sucesso também com os meus pais, e tinha preferência para aqueles ambientados em orfanatos e/ou escolas. O facto de poder ver mulheres semi nuas faziam-me ver os outros filmes dele, mas esses não tinham tanta piada.