Mais um desenho animado da BRB, que fez sucesso no nosso país, adaptando a história de Júlio Verne.
Em 1983 foram produzidos 26 episódios de Willy Fog (A Volta ao mundo do Willy Fog), uma criação de Claudio Biern Boyd que se baseava no livro “A volta ao mundo em 80 dias” de Júlio Verne. A produtora Espanhola BRB International S.A. uniu-se à Nipónica Nippon Animation para produzir esta série que teve assim realizadores Espanhóis e Japoneses.
Lembro-me de ver isto nos finais de tarde a um dia da semana, numa altura que também davam desenhos animados nesse horário, e de me divertir bastante com aquele genérico em Espanhol e com as vozes em Português de nomes como Irene Cruz (Tico e Romy), António Marques (Willy Fog), António Feio (Repelão), João Lourenço (Dick e Traful) ou João Perry (Buli).
Willy Fog é um abastado inglês que aposta metade da sua fortuna com os membros de um Clube a que pertence, em como é possível dar a volta ao mundo em 80 dias. Isto tudo em 1872, na cidade de Londres, algo que soava completamente louco e impossível de se concretizar.
O pior foi quando um dos membros do Clube, o Sr. Sullivan, decide estragar os planos de Willy Fog e contrata um bandido (o Traful) para seguir Fog e atrapalhar de tal modo a sua viagem de forma a impedir este de fazer a volta ao Mundo. Para além disso, Willy Fog é suspeito de roubar um banco em Londres e acaba por ser seguido durante a sua viagem pelos agentes Dick e Buli. Mas Fog conta com a ajuda dos seus amigos e empregados Repelão e Tico. Fog passa por vários Países como a França, Itália, Japão,e é na Índia que conhece a princesa Romy que acaba por se tornar mais tarde na sua noiva.
A série estreou em Portugal em Outubro de 1984, dobrada em português com direcção do actor e encenador João Lourenço. A série voltou a repetir mais tarde e durante alguns anos nos dois canais da RTP, divertido diversas gerações com as aventuras e desventuras de mais um grupo de animais antropomórficos em que Fog era um Leão, e muitas das personagens eram outros animais de origem felina.
Gostava do estilo calmo e ponderado de Fog, que ao mesmo tempo era muito corajoso e não se deixava abater pelos obstáculos que lhe surgiam. Depois era sempre divertido ver as tropelias dos seus empregados, que funcionavam ali como alívio cómico e ajudavam a aligeirar a série. Em 1993 foram produzidos mais episódios baseados em outros livros de Verne, mas não tinham o mesmo carisma e encanto desta primeira tentativa.