Um dos desenhos animados de maior sucesso no nosso país, apaixonando miúdos e graúdos
A escritora Suiça Johanna Spyri criou esta personagem num livro editado em 1880, e em 1974 o conhecido estúdio Nippon Animation, em conjunto com a Eizo Zuiyô, adaptou a história para um desenho animado que foi um sucesso internacional. Foram 52 episódios de mais um anime de fazer chorar as pedras da calçada, com cenários lindíssimos de Hayao Miyazaki (que viajou do Japão para os Alpes Suiços para desenhar os fundos da série) e banda sonora a cargo de Takeo Watanabe.
Portugal rendeu-se aos encantos de uma pequena menina que vivia nos Alpes Suiços com o seu Avô, a Heidi. Foi presença constante na RTP durante as décadas de 70 e 80, cativando assim diversas gerações de meninos e meninas com a história enternecedora desta pequena Orfã.
Para terem uma pequena noção, a RTP transmitiu isto pela primeira vez em 1976 (na versão Japonesa legendada em Português), mas na sua primeira repetição (pouco tempo depois) já a apresentou com a dobragem Portuguesa que a ajudou a ficar famosa e a ser repetida por diversas vezes ao longo de toda a década de 80.
Heidi (Carmen Santos) é uma menina órfã que vive com sua Tia Dete (Isabel Ribas) desde pequenina. Um dia, a Tia arranja trabalho em Frankfurt e decide deixar Heidi aos cuidados do seu Avô paterno (Canto e Castro) que vive nas montanhas. Nunca se soube o nome do Avô, e ele no começo impunha bastante respeito e até algum medo, mas com o tempo começamos (assim como a pequena orfã) a gostar daquele velhote, que começou ele também a gostar muito da sua neta. Um pequeno pastor chamado Pedro (Irene Cruz) vira o maior amigo de Heidi, e brincava sempre com ela nas montanhas onde viviam.
O problema foi quando um dia a Tia Dete regressa às montanhas para levar Heidi para Frankfurt. A menina vai viver para a casa de uma família rica, onde conhece Clara (Ana Madureira), uma jovem muito só e parapelégica. Apesar de ficar amiga de Clara, Heidi não é feliz, pois tem saudades das montanhas, do avô e do seu amigo Pedro.
Via isto com uma vizinha amiga, nunca fui muito fã do programa devido ao excesso de carga emocional deste e de ter um ar muito “para menina”. Mas confesso que me emocionei e até me diverti em alguns episódios. Logicamente que gostava mais de cantar a versão da música do Avozinho inventada nos recreios das escolas.