Um clássico que atravessou gerações, muitos de nós brincaram com algum brinquedo desta empresa.
Quase todos que foram criança até a geração de 90, brincaram com brinquedos fabricados pela Pepe, uma empresa Portuguesa, que deu todo o tipo de brinquedos que uma criança podia querer para se divertir. Ainda se conseguem encontrar brinquedos desta empresa, mas está já longe do sucesso que teve noutros tempos.
José Augusto Júnior era um homem talentoso, que fabricava brinquedos em folha e madeira em 1928, abrindo na década seguinte uma fábrica que foi evoluindo e mudando de nome, até se tornar na década de 70 a maior produtora de brinquedos em Portugal. Brinquedos coloridos, com um charme próprio castiço e que todos podiam comprar, era raro o menino que não tivesse um carro desta marca, ou uma menina que tivesse um ferro de engomar, ou um acessório de cozinha de brincar da Pepe.
Máquinas de costura, tábuas e ferros de engomar, táxis, carros variados, havia um pouco de tudo para a nossa diversão. Lembro-me de ter um dos produtos “comuns” desta marca, um jovem em cima de uma pequena mota que puxava uma espécie de cesta atrás, como se fosse uma “carrinha caixa aberta”, onde podíamos colocar algo e nos divertirmos a andar com aquilo de um lado para o outro.


Em 1977, e já com o nome de Pepe, começa a dedicar-se exclusivamente à produção de material feito em plástico, continuando assim pelos anos 80 com algum sucesso ainda, mesmo já com a concorrência de muita marca estrangeira e mais “apelativa”. A dada altura começou a ser proibido a fabricação de brinquedos com este tipo de material, levando ao fecho da fábrica, mas não ao desaparecimento dos seus brinquedos, que costumam aparecer ainda por qualquer feira ou mercado do nosso País.
Lembro-me das minhas primas terem umas máquinas costura e umas pequenas tábuas e ferros de engomar, e de eu brincar muito com uma ambulância e a tal mota com o cesto atrás. As cores daquilo apaixonavam-me sempre, um plástico muito colorido e que fascinava qualquer criança naquela altura.
