Os canais privados também apostavam em desenhos animados, e tiveram alguns sucessos consideráveis, no caso do canal Quatro, este foi um bom exemplo de como ainda se podia conquistar o público mais novo.
A TVI, na altura ainda o Canal Quatro, seguia a RTP e a SIC na ânsia de tentar conquistar mais público para os seus canais, e isso incluía os mais novos. Então era normal a aposta em alguns desenhos animados quando começou as suas transmissões, e um dos que teve mais sucesso foi o Mighty Max. O rapaz de chapéu vermelho conquistou os mais jovens e tornou-se numa imagem de marca da estação e da sua programação para os mais novos.
Mighty Max foi baseado numa linha de brinquedos de sucesso, sendo uma co-produção entre os Estados Unidos, a França e o Reino Unido. Foi transmitida originalmente em 1992, tendo duas temporadas num total de 40 episódios que foram emitidos pela TVI em 1994, numa dobragem portuguesa com nomes como João Lagarto a abrilhantar o elenco.
A história consistia num rapaz que não gostava muito de ir à escola (algo normal), e que preferia passar os dias fora a passear ou brincar. Max (Carlos Macedo) vê a sua vida mudar quando recebe uma encomenda que tinha uma estatueta com um boné, um boné especial que lhe concedia a possibilidade de abrir portais no espaço-temporal, e foi-lhe atribuído por Virgil (João Lagarto), uma ave que tentava que o Universo mantivesse o seu equilíbrio cósmico.
A sua Mãe (Helena Isabel) e o guerreiro Norman (Jorge Sequerra) ajudavam Max nestas aventuras, especialmente para que o vilão Skullmaster (João Lagarto) não roubasse o boné a Max, e ficasse ele com este poder de viajar pelo espaço-tempo. Uma série muito animada e moderna, muito a ver com a década que estávamos a entrar e diferente dos desenhos que estávamos habituados. Foi normal o seu sucesso e vieram vários semelhantes neste formato que tiveram também o seu espaço. Isto foi ainda repetido pela RTP e pelo Canal Panda, provando que ele continuou a cativar o público noutras décadas.