
… da novela Araponga
09/08/2022
… da Peça Teatro “Aqui há fantasmas”
01/09/2022Já aqui falei da consola que mais joguei na minha vida, hoje falo da que tive a seguir, a Sega Saturn.
Tudo começou em 1991, com os rumores da nova consola Gigadrive por parte da Sega, que iria se basear e apoiar no sistema 32 bits, uma evolução lógica do sucesso que tinha tido baseando-se nos 16 bits. Usando as placas das máquinas arcade, o aparelho tinha tudo para ter sucesso, mas foi sofrendo evoluções com as notícias da nova máquina que iria aparecer, a Sony Playstation.
Depois do lançamento um pouco atabalhoado do Sega 32x, que usava cartuchos, em 93, a Sega anunciou na mesma que teria uma máquina potente com processadores que poderiam usar tanto da tecnologia para jogos 3D, como o uso de polígonos. O lançamento no Japão, a 22 de Novembro de 1994, foi um sucesso com a venda de 600 mil unidades ainda antes do Natal, prometendo assim um futuro auspicioso para a consola.
Nos Estados Unidos a coisa não correu tão bem, com um lançamento antecipado para Maio de 1995, o que prejudicou as vendas porque haviam poucos jogos, e o preço era um pouco salgado (quase 400 dólares), algo que não aconteceu com a Sony, que lançou no Natal desse ano, a 299 dólares e com muitos jogos por onde escolher.
Foi em Junho de 1995 que os europeus puderam experimentar a consola, meses antes do lançamento da Playstation. Por Portugal, o desconhecimento que o público tinha das notícias de videojogos, aliados ao bom trabalho da Ecofilmes, fizeram com que o nosso pais fosse um dos que recebeu melhor o aparelho na Europa. O sucesso foi tanto que só no final de 1997 que as vendas começaram a descer, e muito por culpa da prórpria Sega que já tinha abandonado o aparelho e deixado de enviar jogos.
Foi sempre mais bem recebida no Japão, com um total de 600 jogos lançados, e com alguns dos seus maiores sucessos a nunca terem deixado o continente nipónico, muito para desespero de alguns fãs. Na América não ultrapassou os 250 títulos, enquanto que na Europa o interesse da emrpesa ainda foi menos, com o último jogo a ser lançado em 1998, enquanto que nos Estados Unidos isso só aconteceu em 1999 e no Japão em 2000.
No Brasil, um mercado sempre muito apetecível, a Saturn sofreu mais por causa da sua política anti pirataria e ter feito com que fosse impossível usar jogos piratas nela. Num país com pouco poder de compra, isso é fatal e a facilidade com que a PSOne deixar usar esses tipo de jogos, selou o destino naquele país.
O sucesso vinha dos jogos de arcade, que beneficiavam dos excelentes processadores da consola, alguns títulos RPG e os shoot m up. Curiosamente esses processadores também dificultaram a vida ao aparelho, já que para desenvolver um jogo para a mesma, exigia muito por parte dos programadores de jogos, que começaram a concentrar-se mais na Sony.
Podemos também realçar que nunca saiu um jogo do Sonic de raiz para esta consola, algo impensável para um aparelho da Sega, e parecendo que não ajudou a que a mesma nunca decolasse nas vendas. O facto da Namco só lançar jogos para a Sony, fez com que alguns títulos populares nunca fossem lançados para a Saturn.
Apesar disto tudo, ela é recordada com saudade por muitos, e Portugal não é excepção. Eu tive uma, por intermédio de um amigo meu que ao comprar a PS1 decidiu desfazer-se dela, e joguei muito o Bomberman e o Sega Rally, mas confesso que não teve o mesmo efeito que a Mega Drive tinha tido.
1 Comment
Olá.
Sou um grande fá deste blog, pois também um nostálgico por natureza.
Não sei se aqui já foi falado, mas lembro-me de umas cadernetas de autocolantes, dos anos 90, que acho que vinham com o Bollycao, e eram logotipos de marcas. Muitas marcas. Saberá do que estou a falar?
Também me lembro de outro, muito emblemático para mim, mas não tenho a certeza onde arranjávamos esses autocolantes. Provavelmente, também no Bollycao. E era uma caderneta com muitas raças de cães, com as fotos de cada um.
Ficaria extremamente sensibilizado se fosse possível encontrar arquivos disso.
Muito obrigado.