Sempre tivemos programas com os videoclips do momento na RTP, mas nada como o programa que estreou no começo da década de 90 e que esteve no ar por mais de duas décadas, o Top+. Tornou-se um clássico do começo da tarde de Domingo e que fez algum sucesso entre os adolescentes, já que não tínhamos ainda canais de música ao nosso dispor.
Foi em 1991 que a RTP chegou a acordo com a Associação Fonográfica Portuguesa, para ter em antena um programa que divulgasse o top nacional de vendas. Habituada a transmitir este tipo de programas ao Sábado, foi decidido que desta vez ele seria transmitido ao Domingo a seguir à hora de almoço, apanhando assim a família em casa e o público alvo, que era o dos jovens adolescentes que assim podiam conhecer melhor as novas tendências e escolher que disco haviam de comprar.
Top+ teve diversas produtoras, Miragem, Edipim e a Valentim de Carvalho, tendo ainda um número maior de apresentadores: Catarina Furtado (1991-1992), João Vaz (1991-1993), Sofia Louro (), Susana Oliveira, Margarida André e Lara Maia (1994-1996), Elisabete Caixeiro (), Carla Caldeira (), Pedro Ribeiro (1997-2001), Rita Seguro (1997-2000), Maria João Simões (2000-2002), José Carlos Malato e Ana Lamy (2002), Francisco Mendes e Isabel Figueira (2002-2012) (informação tirada do http://topdisco.blogspot.pt/ ).
Dos que mais me recordo à frente do programa foi Catarina Furtado, Carla Caldeira e Pedro Ribeiro, foram dos que mais marcaram o programa e ficaram ligados à essência do que a RTP pretendia para o Top+. Em questões de músicas no primeiro lugar do top, há uma que vem logo à cabeça, a dos Enigma “Return to Inocence“, onde o teledisco com as coisas a andarem “para trás” ficou na nossa lembrança e até levou alguns de nós a comprar o disco.
Outros 2 campeões foram 2 hits de verão, O Bicho do Iran Costa e a MIlla do Netinho, tiveram bastantes semanas à frente da tabela e já sabíamos que iríamos apanhar com esse videoclip no final. A compilação dos Filhos da Madrugada também fez sucesso, e o programa ao longo dos tempos começou a evoluir e incluir top’s Singles e top’s colectâneas, para além de ter pequenas reportagens e entrevistas, ou até actuações ao vivo mais para o seu final.
Foi a AFP em 2013 que decidiu colocar um ponto final ao programa, uma pena, já que nem todos possuem serviços de cabo e assim ficam sem um programa diário que lhes dava uma variedade ímpar de música, e a conhecer as vendas do nosso País, já que os tops das lojas não reflectem esse mesmo top.