Chegámos ao post Mil do blog, e para isso volto à melhor banda de todos os tempos e fazer a segunda parte da história dos Queen. A banda que teve um estádio do Wembley esgotado e completamente na sua mão, para além de ter sido um dos principais nomes no Live Aid.
Depois de terem construído uma carreira internacional nos anos 70, como abordei no primeiro post, os Queen começaram a ficar ainda mais conhecidos nos anos 80 e muito por culpa dos seus espectáculos ao vivo. Eram considerados uns verdadeiros animais de palco, Freddie Mercurty conseguia colocar milhares de pessoas à sua mercê e isso esteve em evidência no espectáculo do Live Aid, onde a sua actuação foi considerada uma das melhores de sempre da história do rock.
O grupo começou a década com o álbum The Game, de onde saíram Another one bites the dust e Crazy little thing called love, dois singles que chegaram ao primeiro lugar no cobiçado mercado Norte Americano (vendendo mais de quatro milhões de cópias) e se tornaram mais dois grandes êxitos internacionais para a banda. Nesse ano saiu também a banda sonora do filme Flash Gordon, para o qual eles escreveram e tocaram o tema principal, abrangendo assim outro público que ficava assim a conhecer o trabalho dos Queen.
Em 81 tornaram-se a primeira grande banda de rock a actuar na América Latina, batendo recordes em todos os países, actuando para cerca de 300 Mil pessoas num dos concertos na Argentina, mais de 130 Mil num do Brasil e mais de 150 num no México. A força da banda nos espectáculos ao vivo começou a ficar conhecida mundialmente, e todos ansiavam por um no seu país.
O disco Hot Space não foi consensual no grupo, e rapidamente fizeram outro para que se esquecesse desta aventura fora do som habitual dos Queen. Isso mudou em 1984, quando lançaram The Works que apesar de não ter tido sucesso nos USA, foi tripla platina no Reino Unido e originou três grandes singles, I want to break free, Radio Ga ga e Hammer to fall.
O videoclip de Want to break free era fantástico, mostrando a qualidade da banda em fazer pequenos vídeos interessantes e bem divertidos. Nesse ano sofreram ainda um pouco com as críticas que o grupo sofreu, depois de ter efectuado concertos ao vivo na África do Sul, no auge do Apartheid, ao que os Queen rapidamente responderam que não estavam a apoiar nenhum regime, e sim a dar algo que os seus fãs queriam.
Em 1985 o grupo participou no primeiro Rock in Rio no Brasil, deixando mais de 300 Mil pessoas completamente em êxtase e entusiasmadas com a performance da banda que foi considerada pela crítica especializada como uma das melhores de sempre em cima de um palco. Não contentes com isso, participaram ainda esse ano no mega evento Live Aid, onde roubaram o show e foram considerados os melhores de todo o espectáculo e em 2005 ainda existiam críticos especializados e músicos consagrados a considerar a melhor actuação rock de uma banda em cima de um palco.
Revitalizados com todo esse sucesso, lançam o single One Vision e no Natal sai o Thank God it’s Christmas. Mas em 1986 veio aquele que foi considerado um dos melhores álbuns de sempre da banda, o A Kind of Magic, que teve músicas que fizeram parte da banda sonora do filme Highlander e que ajudou ao sucesso comercial nos Estados Unidos e de uma certa forma a nível mundial também. Princes of the Universe, Friends will be Friends e Who Wants to live forever foram os singles de maior sucesso do disco,
Fizeram uma tour de grande sucesso, e a que se veio revelar ser a última de Mercury com o grupo, que teve na noite do estádio do Wembley um dos seus grandes destaques, num concerto que foi editado em cd (mais tarde em dvd) e ficou um dos com maior sucesso comercial de sempre dos Queen.
No final da década veio o disco The Miracle, que teve mais uns quantos êxitos como I want it all, Breakthu e The Invisible Man. Isto apesar da notória dificuldade de Freddie Mercury que fazia tudo para não aparecer em entrevistas, ou mesmo em público, devido ao avanço da SIDA e como esta afectava já o seu corpo. Por isso mesmos esses rumores já circulavam entre os fãs, apesar de a banda lançar mesmo assim mais um álbum, Innuendo, em 1991, altura em que já não havia shows ao vivo e o seu vocalista (e alma do grupo) começava a perder uma luta inglória.
Morreu perto do final desse ano, deixando todos devastados e fazendo com que o disco de 1995 Made in Heaven se tornasse o último disco dos Queen com o seu amado vocalista. Brian May e Roger Taylor continuaram a actuar em diversas aparições ao vivo com vocalistas conhecidos como Pavarotti ou Zucchero, começando a usar o nome Queen + (nome do vocalista).
Em 2005 fizeram uma tour mundial com Paul Rodgers (mas sem John Deacon), chegando inclusive a gravar um disco, mas sem nenhuma música original e só com os grandes êxitos dos Queen com outra roupagem. Mais recentemente foi a vez de Adam Lambert ocupar o lugar do vocalista em mais uma tour dos Queen, o grupo que teima em continuar activo apesar de há muito não ter a alma que fizeram com que se tornasse um dos maiores nomes da indústria musical.