Recordar hoje uma das mais populares séries juvenis dos anos 90, Beverly Hills 90210. Um programa que criou ídolos entre os mais jovens, e deu o tom para um género de séries que se iria tornar muito popular.
Beverly Hills 90210 foi mais uma criação de Aaron Spelling, com ajuda na produção de Darren Star e E.Duke Vincent, estando no ar durante uma década, de 1990 a 2000, num total de 10 temporadas e 293 episódios. Foi para o ar na FOX, e depois de uma primeira temporada fraca em audiências, a coisa melhorou a partir da segunda, depois da estação ter decidido retransmitir a primeira durante o verão, onde não tinha nenhuma concorrência. Por cá foi transmitido pela RTP, sendo que no começo foi dado o nome de Febre de Beverly Hills, mas depois ficou apenas com o nome original, sendo que a numeração lia-se Noventa duzentos e dez.
Teve relativo sucesso no começo, mas a coisa foi crescendo, a RTP repetiu-a por diversas vezes durante a década de 90, de manhã e tudo. No Brasil teve mais sucesso, e era conhecido pelo nome Barrados de Baile. Jason Priestley e Luke Perry eram estrelas da revista Bravo, sendo dos posters mais procurados pelo público feminino, enquanto que as actrizes Shannen Doherty, Jennie Garth e Tori Spelling se tornaram nomes muito populares na indústria.
A história centra-se no núcleo da família Walsh, quando o pai Jim recebe uma promoção e tem que se mudar para a Califórnia, com a sua mulher Cindy e os seus dois filhos, Brandon (Priestley) e Brenda (Doherty). Brandon era o típico rapaz bem comportado, que não se deixou deslumbrar pela nova vida e manteve os seus principíos enquanto que Brenda mudou rapidamente de comportamento, envolvendo-se sempre em problemas, um pouco à imagem da actriz que lhe dava vida, e que saiu do programa na quarta temporada por causa de ser bastante problemática.
Acabam por fazer amizade com o grupo que se iria manter o núcleo principal da série, apesar de algumas saídas e algumas entradas, como é hábito nestes programas. Mas existiam alguns erros gritantes no casting, como a Actriz Gabrielle Carteris, que com 29 anos, dá vida a Andrea Zuckerman, uma geek com metade dessa idade, e é lógico que ao longo do tempo a idade fazia com que fosse impossível acreditar naquilo.
Ian Zerling e Jennie Garth eram respectivamente Steve Sanders e Kelly Taylor, os típicos louros ricos e fúteis, mas que vão mudando ao longo do tempo e amadurecendo, muito por causa da influência de Brandon nas suas vidas. Donna Martin (Spelling) era a “loura burra” do grupo, para além de protagonizar uma virgem que não queria ceder facilmente aos avanços do seu namorado David, interpretado por Brian Austin Green que era o membro menos dado do grupo.
Luke Perry era o rebelde do grupo, e a sua personagem Dylan tornou-se imensamente popular por isso, apesar de ser outro que acusava a idade, acabando por sair a dada altura mas voltando para as duas temporadas finais. Das várias personagens que foram entrando para o lugar de outras, a mais popular foi a de Tiffani-Amber Thiessen, uma amiga da família Walsh, que causou grandes problemas por causa do seu comportamento, que envolvia consumo de droga e tudo.
Para além dos típicos problemas escolares, e a constante troca de namorados entre os membros do grupo principal, o programa abordou temas como o consumo de drogas, vício de jogo, virgindade e aborto entre outros temas polémicos. Lembro-me de seguir as primeiras temporadas com bastante interesse, mas perdi o rumo a dada altura com tanta saída e entrada.