Amanhã estreia um novo desenho animado da Abelha Maia, recuperando assim um ícone que acompanhou as gerações das décadas de 70 e 80 que viram as constantes repetições na RTP, e aquelas que mais tarde viram os VHS e os Dvd’s.
Este desenho animado que víamos foi produzido em 1975, numa co-produção que envolveu 3 Países, o Japão, a Áustria e a Alemanha. Este programa era baseado num livro que tinha sido publicado em 1912, “As aventuras da Abelha Maia”, do autor Waldemar Bonsels, e que teve o apoio do cartoonista Marty Murphy na criação das personagens. Foi mais um “anime” da nossa infância, já que a realização e criação de cenários e design para o programa era da responsabilidade de uma equipa Nipónica que incluía nomes como Hiroshi Saito ou Susume Shiraume.
A série estreou na RTP em 1978, e os 52 episódios foram transmitidos por diversas vezes ao longo da década seguinte, sendo que os vi numa dessas repetições para além de ter visto ainda também a segunda série que foi feita já durante os anos 80. Não era super fã deste desenho animado, mas até aos meus 6/7 anos lembro-me de os ver com alguma atenção mas mais por causa do genérico e da canção viciante interpretada se não me engano pela cantora Ágata (na altura ainda era só Fernanda).
A Maia (Voz de Carmen Santos e mais tarde Isabel Ribas) era uma abelha muito divertida, com uma grande curiosidade em relação a tudo o que a rodeava e com uma grande coragem que a permitia correr riscos para saciar essa curiosidade. Ela fugia constantemente das aulas da Dona Cassandra (Carla de Sá / Helena Montez) para ir explorar a floresta e brincar com os seus amigos que incluíam um gafanhoto chamado Flip (Canto e Castro / Carlos Macedo), que estava sempre pronto para a ajudar, ou o escaravelho Kurt e a mosca Pupa (ambos com voz de Peter Michael) que viviam grandes aventuras com a Maia que por vezes vinha acompanhada pelo seu amigo (mais medroso), Willy (Irene Cruz / Peter Michael).
Foi mais uma daqueles programas com um grande merchandising que ia desde as cadernetas às figuras PVC a vários livros e revistas. A canção do genérico ganhou ainda uma versão picante nas escolas onde fazia-se crossover com o desenho animado do Calimero. Eis a letra original:
Lá num país cheio de cor
Nasceu um dia uma abelha
Bem conhecida pela amizade
Pela alegria e pela bondade
Todos lhe chamam a pequena Abelha Maia
Fresca, bela, doce Abelha Maia
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade
Não há tristeza para a nossa Abelha Maia
Tão feliz e doce, Abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti
Numa manhã ao passear
Vi uma abelha numa flor
E ao sentir que me olhou
Com os seus olhitos de cor
E esta abelha era a nossa amiga Maia
Fresca, bela, doce Abelha Maia
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade
Não há tristeza para a nossa Abelha Maia
Tão feliz e doce, Abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti
6 Comments
LOL
Toda a gente via a abelha Maia!
😉
E não só! Também "estreia" hoje no Panda o remake do Carrocel Mágico. Que já passou na 2 há uns valentes aninhos.
Quem tem ZON e Nickelodeon vão ver a chatice do remake. A produtora é a Studio 100 da Bélgica.
Mas nós não precisamos de animação 3D! A nossa abelha é 2D.
Esta panca do 3D já cansa, e nos desenhos animados tira toda a personalidade. Ficam todos "iguais"
Tenho ZON, vi a repetição do primeiro episódio pela tarde em repetição (de passagem) e vi a bosta. Nunca vi a série original. Pelo menos a série original já foi editada bendilhões de vezes em VHS e DVD como a Heidi e o Marco.
O Carrossel Mágico na RTP 2???
LOL
Eu ainda sou do tempo em que isso dava quando só existia um canal a preto e branco!
😀
É verdade o que estou a dizer, ontem fiquei doente e ao passar pelos vários canais infantis constatei que no Nickelodeon passava o remake da Abelha Maia e no Panda o remake do Carrossel Mágico. Sim, o remake que foi feito para a M6 e para o Nick Jr. do Reino Unido. Passou na RTP 2 em 2008.
Nunca vi um episódio da série original. Segundo vi na Wikipédia, o Saltitão foi feito ao pintar uma ervilha gigante.
Descobri na net que o Cartoon Network, na altura em que o do Reino Unido emitia para toda a Europa emitia a versão inglesa inspirada no visual da série. Não me lembro de ver essa série lá… talves passava às 6 da manhã… mas era o Cartoon Network quando passava anúncios.