Ainda sou do tempo em que tínhamos que ter um tubo de cola sempre à mão, era usado tanto na escola como no dia a dia, e na década de 80 havia uma que se destacava das outras, a Cola Cisne.
Vinha num tubo tipo bisnaga, e de lá saía uma pasta líquida meio transparente, que usávamos então para colar muitas coisas. Era usada na escola quando se queria fazer colagens de material mais complicado, e em casa era usado pelos mais novos, na colagem dos cromos nas cadernetas, já que ainda não existiam cromos autocolantes nessa altura.
Era preciso algum cuidado no uso desta cola, era daquelas que nos cagava todos, e que depois fazia com que tudo se colasse a nós. Para além disso tudo, se não se colocasse a quantidade certa, a mesma iria esborratar e iria-se ver na parte de trás da folha. Era preciso algum jeito, havia quem optasse por fios finos pelos rebordos, e outros que escolhiam pequenos montinhos em cada canto do que se pretendia colar.
E obviamente havia quem comesse a cola cisne, foi algo comum na escola primária e até havia quem mascasse aquilo como se de pastilha elástica se tratasse. Era uma espécie de plástico doce que seduzia a petizada a utilizar aquilo como se fosse uma guloseima.
Para mim o pior era quando ia à mochila ou estojo e via que o tubo tinha um furo, algo bastante problemático, pegajoso e de difícil resolução. Confesso que era muito mais fã dos sticks da UHU.