Foi um dos maiores nomes do ténis nos anos 90 e começo do Século XXI, é considerado um dos melhores de sempre nesse desporto, e ajudou a popularizar o mesmo junto do grande público com o seu aspecto irreverente e à rock star. Andre Agassi é sem sombra de dúvidas um nome que tem que ser falado quando recordamos os grandes nomes do Ténis.
Andre Kirk Agassi nasceu a 29 de Abril de 1970 em Las Vegas, Nevada nos Estados Unidos, e veio-se a tornar um dos melhores tenistas de sempre, e um dos responsáveis pela revitalização deste desporto nos anos 90, com o seu estilo de estrela de rock e rebeldia no court. Começou a sua carreira profissional aos 16 anos, e nesse mesmo ano terminou acima do top 100 de tenistas (em 91), sendo que passado pouco tempo estava já no 25º lugar, batendo recordes de vitórias consecutivas e de dinheiro amealhado.
Fez um Milhão de dólares vencendo 43 torneios em 1988, e obteve um número de vitórias consecutivas que só foi batido em 2005 por Rafael Nadal. Com menos de 20 anos ficou como #3 Mundial atrás de Ivan Lendl e Matts Wilander, um feito inacreditável e que o deixou debaixo de olho de todos os amantes deste desporto. Ele começou a chegar às finais e meias finais dos torneios de Grand Slam e dando nas vistas por não querer participar no da Austrália e no de Wimbledon, este último porque, segundo ele, era cheio de regras e muito conservador.
O aspecto de Agassi era bastante espalhafatoso, era à estrela de rock com cabelo muito grande, fita no cabelo, brincos, calções com cores berrantes e camisas coloridas. Fugia por completo ao perfil vestidos de branco e cabelo cortadinho que estávamos habituados a ver dentro de campo. Começou a aparecer em publicidade e programas de televisão, e a chamar toda uma nova geração para este desporto, afinal nele também estava pessoal fixe e de bom aspecto.
No começo dos anos 90 começou a chegar regularmente às finais, mesmo que nem sempre vencesse, fazia grandes exibições e ia derrotando grandes nomes até chegar lá. Venceu a sua primeira final de Masters contra Stefan Edberg mas o que o colocou nas primeiras páginas, e popularizou o desporto, foi a sua rivalidade com Pete Sampras. Não podiam ser mais diferentes, um irreverente e animado, o outro calmo e sério, eram o típico “beto vs popular” de qualquer escola e isso cativou tudo e todos a seguir com regularidade os jogos.
Em 1992 venceu o seu primeiro Wimbledon, numa final excitante contra Goran Ivanisevic. Este jogo mostrou o facto de Agassi ser considerado um dos melhores a responder a serviços, já que o maior forte de Ivanisevic era o seu forte serviço. Sampras era sempre o seu maior adversário e o que liderava a tabela de melhores tenistas. Foi por isso que Agassi decidiu a meio dos anos 90 mudar o seu estilo, rapar o seu cabelo e arranjar um novo treinador que o ajudou a ser mais táctico e mais concentrado dentro do campo.
Em 1995 isso tudo deu frutos com Agassi a chegar ao #1 e a ficar lá por mais de 30 semanas, vencendo 73 jogos e perdendo apenas 9. Nas finais que teve contra Sampras conseguiu vencer a maioria das vezes, algo que não acontecia no começo da rivalidade dos dois jogadores. Continuou também a ser um jogador importante da selecção Americana na Davis Cup, vencendo o seu último torneio pelo seu País nessa altura.
Em seguida começou uma fase descendente, com as lesões e uso de algumas drogas a prejudicarem a sua imagem e a sua performance no campo. Foi preciso chegar o final da década para começar a dar a volta por cima, em 1999 venceu uma fantástica final de Roland Garros frente a Medvedev, tornando-se no quinto jogador a vencer todos os torneios de grand slam na sua carreira.
Continuou a ir a finais de torneios e a vencer alguns quando entrámos no novo Século, e teve o seu último duelo com Pete Sampras em 2002 na final do torneio dos Estados Unidos, onde Sampras venceu em 4 sets e deixou então a rivalidade nuns 20-14 a favor de Sampras. Em 2003 venceu o seu último grand slam, o torneio de Austrália e continuou a jogar por mais uns anos apesar de estar completamente fustigado e incomodado com dores em várias partes do seu corpo.
Gostava do estilo de Agassi, mas confesso que estranhamente preferia o Sampras nesta rivalidade, no entanto fez parte do motivo pelo qual dei tanta atenção ao Ténis nos anos 90.